Foto: Ascom Arquidiocese de Santa Maria
Dom Leomar Antônio Brustolin fez a entrega da Carta Pastoral aos presentes na coletiva de imprensa
“Quero carregar a experiência dos 26 municípios e das 40 paróquias da Arquidiocese de Santa Maria nessa nova realidade”, é assim que Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo metropolitano de Santa Maria, pretende atuar nos novos cargos assumidos em nível nacional e regional.
Na última semana, ele foi eleito presidente do Regional 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na prática, com o novo cargo, o arcebispo torna-se o responsável pela Igreja Católica no Rio Grande do Sul. Junto com Dom Leomar, assumiu a vice-presidência, o bispo de Bagé, Dom Cleonir Dalbosco e o bispo de Montenegro, Dom Carlos Rômulo Gonçalves, como secretário.
A votação para a presidência ocorreu durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB. Na oportunidade, Dom Leomar também foi escolhido como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética. Além disso, o arcebispo também é presidente da comissão que está atualizando as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (Dgae), dos anos de 2025 à 2027.
Neste sábado (29), o padre recebeu a imprensa na sede da Arquidiocese de Santa Maria para detalhar como será o trabalho com as novas funções e as expectativas envolvendo a atuação no Brasil e no Rio Grande do Sul. Além das atividades no município, Dom Leomar também deve viajar mensalmente à Brasília e Porto Alegre:
- Em âmbito nacional, (o objetivo) é cuidar da divulgação da bíblia e da catequese em todo o Brasil, especialmente com crianças, adolescentes, jovens adultos, pessoas com deficiência, encarcerados. Tem muitos projetos que já existem que pretendo dar continuidade e ampliar. No âmbito regional, (a tarefa) é animar a pastoral e a vida da igreja no Rio Grande do Sul. Lembrando que o Estado tem valores e oportunidades, mas o desafio é fazer com que a fé aqui se fortaleça, a grande questão é como fazer crianças e jovens se sintam atraídos para serem católicos - explica Dom Leomar.
O arcebispo ainda destacou que a Igreja Católica reconhece a iminência dos problemas enfrentados na sociedade atualmente e pretende, cada vez mais, esforçar-se para fazer uma ponte entre religião e outros temas que envolvem a fome, a educação e a economia, por exemplo. Dom Leomar também apontou que essa é uma oportunidade de valorizar Santa Maria e região:
- Na prática, continuaremos aqui em Santa Maria trabalhando nas grandes linhas que temos, que é uma evangelização cada vez mais concreta, cuidando da religião, mas também da sociedade, porque não nos preocupamos só com a parte espiritual, mas também que as pessoas tenham direito a ter um sentido para viver e uma ética para conviver. Nada vai se antepor ao trabalho feito em Santa Maria, queremos dar prioridade a tudo que estamos fazendo com as grandes linhas da pastoral, mas agora acrescentando o trabalho feito no regional e no nacional. Importante dizer que entre nacional, regional e local há um alinhamento que vai fazer muito bem para Santa Maria.
Durante a coletiva, Dom Leomar fez a entrega aos presentes da Carta Pastoral, que será lançada no dia 20 de maio, em Santa Maria. A expectativa é que cerca de 1 mil pessoas participem do evento de lançamento do documento, que reúne as linhas de atuação dos próximos três anos da Arquidiocese de Santa Maria.
O arcebispo também adiantou que a próxima Romaria da Medianeira deve ocorrer no mesmo formato da edição de 2022, mas agora, com três dias de duração:
- Vamos dar continuidade ao estilo da Romaria do ano passado, que envolve cada vez mais jovens e crianças. A festa, que ano passado foi dois dias, neste ano vai ser três dias, além da trezena. Nosso objetivo é sempre envolver mais a região. Tivemos uma pesquisa muito importante da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que investigou detalhes da persona, ou seja, quem de fato frequenta a Romaria. Isso está nos ajudando a projetar a romaria ainda mais.
Entenda
- A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é uma instituição que reúne aproximadamente 300 bispos da Igreja Católica do país. As principais funções da CNBB são dinamizar a missão evangelizadora e responder mais eficazmente os desafios contemporâneos da sociedade
- Ao todo, a CNBB tem 19 regionais espalhadas pelo país. O Regional 3 representa o Rio Grande do Sul
- Já as comissões episcopais pastorais fazem estudos, propostas e animações dos programas e projetos de seu âmbito de atribuições
- A Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética tem como responsabilidade promover a formação cristã por meio das catequeses e dos ensinamentos da bíblia