Francisco Luiz Bianchin: alimentar a esperança

Redação do Diário

Confira o texto da coluna Opinião da edição impressa do Diário de Santa Maria desta sexta-feira (13):

Francisco Luiz BianchinPadre Xiko

Vivemos tempos difíceis, tempos contraditórios e até incompreensíveis; vivemos situações de decepção como as guerras, conflitos, radicalismos exacerbados, violências.

Temos, portanto, pela frente, grandes desafios. Torcemos pelo fim da pandemia, das guerras e de todo tipo de violência, mas teremos que enfrentar as sérias consequências advindas dessa doença e da maldade humana. O fato de podermos andar sem máscara não significa que resolvemos todos os problemas da pandemia. Teremos um longo caminho pela frente. Um dos problemas gerados pela pandemia, para muitos, é a perda da esperança.

Queremos refletir sobre essa realidade da esperança ferida, manchada e em crise. Muitos perderam os horizontes, outros perderam a alegria, outros ainda perderam o entusiasmo e o amor pela vida.

Todos nos sentimos roubados em muitas dimensões. Alguns, quem sabe, foram roubados na virtude fundamental, que alenta e dá sentido à vida, à Esperança. Então, agora somos convidados a recuperar, reconquistar e devolver a esperança aos desanimados, aos tristes e abatidos. Precisamos buscar razões, motivos que alimentem e fortaleçam a esperança. Necessitamos, apesar dos enormes desafios e das decepções, crer na vida, crer no futuro, crer no ser humano. Repito: apesar dos imensos desafios.

Para fortalecer a esperança, necessitamos parar diante do amanhecer e encantar-nos com a fidelidade do sol que nos visita todos os dias gratuitamente. Precisamos alimentar a esperança parando diante da pequena semente que, jogada na terra, germina silenciosamente; sim, precisamos fortalecer nossa esperança parando diante da criança, de sua simplicidade, de sua ternura e aprender com ela e dela a confiança, sem muitas perguntas.

Necessitamos desenvolver a sensibilidade descobrindo, assim, a beleza das atitudes gratuitas dos pais, descobrir nos gestos de generosidade de tantas pessoas o respeito e o amor ao próximo. Há poucos dias celebramos o Dia das Mães. Temos nelas o extraordinário exemplo de esperança. Busquemos em suas atitudes razões para alimentar mossa esperança.

Necessitamos fortalecer nossas amizades, voltar a conviver com os amigos, reservar tempo para o essencial, as pessoas que amamos. É tempo de renovar a esperança! Não permitamos que as dificuldades, os tropeços, as contrariedades nos roubem a alma da vida: a Esperança. Olhemos para tantos heróis que existem ao nosso redor que doam a vida fazendo o bem, promovendo a paz e a fraternidade e alimentemos nossa Esperança! A sociedade de hoje espera por nós, pela nossa alegria, pelo nosso entusiasmo e amor pela vida.

Sintamo-nos convidados a ser portadores e promotores da esperança. Todos precisam, mas em especial nossos jovens têm o direito de esperar de nós que sejamos sinais de esperança!

Leia o texto de Deborá Evangelista

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