Chuva intensa

Fortes chuvas colocam Defesa Civil de Santa Maria em alerta por causa de riscos de deslizamento e alagamento

Fortes chuvas colocam Defesa Civil de Santa Maria em alerta por causa de riscos de deslizamento e alagamento

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Barranco que desabou e atingiu uma casa na Rua dos Canários, no início de maio. Lonas são colocadas pela Defesa Civil como técnica para evitar mais deslizamentos

As chuvas intensas atingiram Santa Maria, que dentro de 48 horas, choveu, em média, mais de 75 milímetros. O volume pluvial dos últimos dias é um sinal de alerta para a Defesa Civil monitorar as principais áreas de risco da cidade. De acordo com a última atualização do órgão, nos últimos 10 meses, aumentou o número de áreas de risco em Santa Maria. Atualmente, 115 pontos da cidade estão sujeitos a alagamento, inundação e deslizamento de terra. Segundo o superintendente da pasta, Adão Lemos, cerca de 4 mil pessoas residem nestes espaços. Desde quinta-feira (15), a Defesa Civil monitora mais de sete pontos da cidade, com altos riscos de deslizamento e de alagamento.

Monitoramento das áreas de risco

Conforme o superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, até o momento, não foi preciso realocar famílias residentes dos locais de risco, mas o monitoramento continua.

– Se não chover nas próximas 24h a tendência é que o solo se estabilize e o alagamento começe a cessar. Claro que onde tem bueiros entupidos, vai ser limpado. Mas, o risco de deslizamento, queda de árvore, muro, começa a ser reduzido. 

Nos pontos com riscos geológicos (deslizamento), a Defesa Civil está utilizando lonas nas áreas  degradadas. Ou seja, a chuva passa pela lona, ao invés de ser filtrada pela terra. Assim, evita que o barranco deslize

– Quando tem uma declividade maior, utilizamos as gramíneas que acabam cumprindo com o seu papel. Ou seja, se o barranco fica dominado por elas, o solo é consolidado. No entanto, quando é um local com declividade de 90 graus, como na Rua Vereador Antônio Dias (no Bairro Campestre), a situação é mais complicada. Nesta rua, temos as árvores também, que não sabemos se está agregando o solo ou forçando ele (para deslizar), daí temos que estudar com o geólogo e engenheiro florestal. 

Lemos relata que se houver ruptura do solo, o geólogo da prefeitura é acionado e pode ser feita interdição nas casas, localizadas neste ponto de risco, para segurança dos residentes.

Ruas percorridas

A Rua dos Canários é um local que necessita de acompanhamento de perto da Defesa Civil. Nos eventos de chuva do mês de maio, aconteceu um deslizamento. Nesta sexta-feira (16), pela manhã, foi colocada uma lona preta para reforçar a que já havia sido colocada no mês passado. 

Fotos: Defesa Civil (Divulgação)

O superintendente comenta que na Rua Vereador Antônio Dias, no Bairro Campestre, em 2022, houve um deslizamento de terra que bloqueou a única via que dá acesso aos moradores do local ao centro da cidade. Desde então, esse ponto está em monitoramento pelo órgão, em especial, por causa das casas que ficam localizadas próximas ao barranco. 

Na Vila Churupa, no Bairro Itararé, muitas casas estão próximas a um desnível de terra, aos trilhos e também da Barragem do DNOS, por isso, esta área requer um cuidado especial, explica Lemos. 

Alagamentos  

Rua Irmão Robertão, no Bairro Urlândia, nesta sexta-feira (16)

Um dos piores locais de alagamento de Santa Maria é na Rua Irmão Robertão, no Bairro Urlândia, porque os bueiros ficam entupidos, quando o volume de chuva é intenso. A Rua Guaratã, no Bairro Boi Morto, apresenta problemas sérios de inundação, por causa de um açude que transborda, deixando o local alagado. 

– Inclusive, tem uma casa que estamos monitorando (na Rua Guaratã), que está apresentando algumas rachaduras (por causa dos alagamentos). Muitas vezes, os bueiros ficam entupidos pelo descarte irregular de lixo. A população precisa nos ajudar também, porque tem a responsabilidade pública do município de limpar os bueiros, mas a sociedade precisa ajudar na sua parte, sem descartar lixo no bueiro. Isso causa problema, mais cedo ou mais tarde – afirma Lemos. 

Na Rua dos Grumatãs, no Bairro Nova Santa Marta, Adão comenta que os bueiros entupidos é um problema antigo e na Avenida São Marcelino Champagnat, no mesmo bairro, no loteamento Alto da Boa Vista, está sendo feita uma análise para a melhor drenagem do local.   


Avenida Marcelino Champagnat, nesta sexta-feira (16)

À tarde, as ruas que foram vistoriadas são: Rua Progresso, no Bairro Camobi e a Rua Zezé, na Estação dos Ventos, no Bairro Km 3. Esta última, é uma área preocupante por ter dez casas junto ao rio Vacacaí Mirim.

–  Aquelas casas não podem permanecer lá, porque podem ser levadas a qualquer momento em um período de chuva intensa. Lá vai ser uma área que vamos apontar como necessidade de realocação, por questão de risco de vida, as famílias não podem permanecer lá – reforça o superintendente da Defesa Civil. 

Acumulado de chuva em Santa Maria nas últimas 48h

Nas últimas 48 horas, choveu em Santa Maria cerca de 83 milímetros no Bairro João Goulart, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Segundo a Baroclima Meteorologia, até às 14h30min desta sexta-feira (16) foram observados mais de 75 mm, em média, de chuva na cidade: 

  • Perpétuo Socorro – 85,1mm
  • João Goulart – 84,6mm
  • Tecnoparque – 79,2mm
  • Patronato – 77,6mm
  • Lorenzi – 69mm
  • Camobi – 57mm

Números para ligar 

  • Defesa Civil
    (55) 99110-7940 (WhatsApp)
    (55) 3174-1552 ramal 2
  • Ciosp
    (55) 99217-8122 (WhatsApp)
    (55) 99167-4728 (WhatsApp)
    (55) 99167-8452 (WhatsApp)
  • Guarda Municipal 153

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