Meteorologia

Estações móveis são instaladas na UFSM para monitorar tempestades

Mariana Fontana

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No mesmo dia em que o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) se reuniu para discutir formas de prevenção de danos devido a desastres naturais , o Grupo de Modelagem Atmosférica de Santa Maria (Gruma), ligado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), começou um experimento em conjunto com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) para desenvolver um modelo regional para o monitoramento de tempestades severas. No entanto, é apenas um projeto acadêmico, que necessita da captação de recursos externos para ser colocado em prática.

O que falta para Santa Maria ter um sistema eficiente para minimizar estragos?

Para auxiliar no experimento, começaram a ser instaladas nesta terça-feira três estações meteorológicas móveis na UFSM. De acordo com o professor Ernani Nascimento, que coordena o projeto, essas estações são capazes de registrar dados como temperatura, umidade, pressão atmosférica, direção e velocidade do vento em alta frequência. Além disso, os registros são feitos a cada um minuto, ao invés de a cada hora como é feito normalmente pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo o professor, dependendo do fenômeno, registros feitos apenas a cada 60 minutos não são adequados, como é o caso, por exemplo, de uma tempestade de granizo.

O coordenador do Gruma, Vagner Anabor, explica que o sistema permite que se faça o monitoramento de determinada tempestade em tempo real:

_ O monitoramento é extremamente importante. Os equipamentos são de fácil adaptação e por isso podemos montar as estações de acordo com as condições da passagem de uma tempestade e, a partir disso, conseguiremos captar melhor essa formação.

O sistema completo conta com uma unidade móvel montada na UFSM em colaboração com o Colégio Técnico Industrial de Santa Maria. O projeto deve começar a atuar no início de novembro, mas as observações só serão realizadas por quatro semanas, tempo em que os equipamentos permanecem na cidade. De acordo com Ernani Nascimento, seria necessário um investimento externo para que o projeto possa sair do papel e ficar na cidade.

_ Este sistema é um protótipo de uma rede móvel de monitoramento que tem muitas finalidades. Uma das mais importantes é demonstrar o valor de se aumentar a capacidade de observação meteorológica de fenômenos atmosféricos que causam grande impacto sobre a sociedade. Um dos objetivos é captar recursos para que, o que hoje é um experimento, torne-se um sistema permanente no futuro. Sem investimentos, o experimento tende a se limitar à esfera acadêmica pela falta de equipamentos e pessoal _ afirma Nascimento.

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