Quase dois anos de investigação se passaram até o desfecho daquele que é considerado o maior assalto da história de Cruz Alta e um dos maiores da Região Central. Na terça-feira, a Polícia Civil prendeu preventivamente o empresário Jaques Elesbão Rathke, 42 anos, suspeito de ser o mandante de um assalto a joias com prejuízo estimado em R$ 1 milhão.
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O crime ocorreu em dezembro de 2013. À época, dois assaltantes armados em uma motocicleta abordaram uma vendedora de joias na saída de um estabelecimento comercial e levaram a sacola que estava com ela. Dentro, havia aproximadamente três quilos de joias em ouro 18 quilates.De acordo com o delegado Josuel dos Reis Muniz, responsável pelo caso e titular da 1ª Delegacia de Polícia de Cruz Alta, ficou comprovado que o empresário, proprietário de uma pizzaria, seria o mentor do assalto. Conforme o delegado, Rathke teria simulado interesse em adquirir uma joia e pediu à vendedora para levar todo o mostruário que ela dispunha para fazer uma demonstração. Na saída do local, ela foi assaltada.
Durante o inquérito, apurou-se que o empresário teria usado parte das joias para pagar uma dívida com um advogado. O pagamento teria sido realizado alguns dias após o assalto. Em posse das joias, o advogado teria comprado uma caminhonete clonada de um estelionatário. O advogado chegou a ser preso na época. De acordo com o delegado, o estelionatário teria repassado as joias a uma terceira pessoa, que as penhorou no banco e retirou o valor em dinheiro.
_ Durante a investigação, ficou comprovado que o empresário atraiu a vítima até o local para que ela fosse assaltada - disse o delegado.
Nesta terça-feira, o empresário prestou depoimento à polícia, mas negou os fatos. Ele foi encaminhado ao Presídio Estadual de Cruz Alta, onde permanece preso. Ele deve ser indiciado por roubo qualificado. A pena varia de cinco a 12 anos de prisão.
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