Rede estadual

Em Santa Maria, 26 escolas continuam em greve

Joyce Noronha

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) divulgou balanço nesta segunda-feira sobre a greve da rede estadual de ensino.  De acordo com o governo, menos de 2% da escolas do Estado seguem paralisadas, o que equivale a 39 instituições, de um total de 2.545 colégios.

Gabarito oficial do Enem será divulgado na quinta-feira  

Em Santa Maria, são 40 escolas estaduais e o Diário tentou contato com todas, nesta segunda-feira, para atualizar o levantamento da greve na cidade. Até as 16h30min de hoje, 26 colégios confirmaram adesão ao movimento, sendo sete com paralisação total e 19 com greve parcial.

A situação da greve na rede estadual das escolas em Santa Maria, até as 16h30min, era a seguinte:

GREVE TOTAL
Maria Rocha
– Margarida Lopes
– João Link Sobrinho
– Manoel Ribas
– Cícero Barreto
– Cilon Rosa
– Marechal Castello Branco

GREVE PARCIAL
Tancredo Neves
– Marechal Rondon
– Doutor Paulo Devanier Lauda
– Marieta D'Ambrósio
– Padre Caetano
– Celina de Moraes
– Edna May Cardoso
– General Edson Figueiredo
– Erico Veríssimo
– João Belém: A escola que antes estava em greve total, agora está com a turma 4ª ano A, do Ensino Fundamental, com aulas. A informação é da diretora Vera Barreto
– Olavo Bilac: Nenhum dos três turnos têm aulas, mas alguns professores não grevistas vão até a escola para cumprir horário
– Coronel Pilar: Os professores dos Anos Iniciais decidiram seguir com as aulas, porém, a escola está sem atividades letivas desde o dia 19 de outubro, por conta dos estragos da tempestade que atingiu a cidade naquela madrugada
– Irmão José Otão: Segundo a diretora Laurenita Lobler, de manhã, os turnos estão reduzidos. À tarde as aulas ocorrem normalmente e no turno da noite a greve é total
– General Gomes Carneiro: Os turnos da manhã e da tarde estão em greve parcial, e o turno da noite segue em aulas
– Luiz Guilherme do Prado Veppo: Os professores que não aderiram à greve estão cobrindo os horários dos que aderiram, de acordo com a vice-diretora Cláudia Beltrame
– Doutor Walter Jobim: A situação mudou, de acordo com a diretora Tânia Neves, todas as turmas estão tendo, pelo menos, três aulas. Entretanto, alguns professores seguem em greve
– Santa Marta: Segundo a diretora Gleide Vargas, o período da manhã teve as atividades retomadas no dia 6 de novembro. A tarde segue sem aula. De noite, apenas as turmas de totalidade 1 e 2 estão tendo aula
– Yvyra Ijá Tenonde Vera Miri (escola indígena – guarani): Um professor está em greve, conforme a diretora Sheila Andrea Ruwe
– Augusto Opè da Silva (escola indígena – caingangue): Segundo a diretora, Isabel Cristina Baggio, uma professora do setor pedagógico está em greve, o que não afeta o andamento das aulas

PERÍODOS REDUZIDOS
– Augusto Ruschi: Segundo a diretora Maria Antonieta Guimarães, as aulas do turno da manhã normalizaram na última semana e os turnos da tarde e da noite seguiam as atividades com períodos reduzidos. Na noite de ontem, a direção faria uma reunião com os professores para pedir que todos os turnos voltem a ter atividades letivas em horário integral

 EM AULAS
– Tiradentes
– Naura Teixeira Pinheiro
– Almiro Beltrame
– Princesa Isabel
– Paulo Freire
– Arroio Grande
– Julieta Balestro (escola fica no Presídio Regional de Santa Maria – Pesm)
– Humberto de Campos (escola fica no Centro de Atendimento Socioeducativo – Case)
– Doutor Antônio Xavier da Rocha: Conforme a diretora Rosecler Knackfuss, a instituição decidiu optar pelo retorno após a assembleia realizada em Porto Alegre na última sexta-feira. Antes a escola estava em greve total

NÃO ATENDERAM*
– Dom Antônio Reis
– Reinaldo Fernando Cóser
– Boca do Monte
– Rômulo Zanchi**
*O Diário ligou para as escolas das 10h às 16h30min, de ontem e estes colégios não responderam às ligações
**Ao ligar para o telefone da escola Rômulo Zanchi, número confirmado ao Diário pela a 8ª CRE, uma mensagem sonora informa que o número não existe 

MUDANÇAS
A escola João Belém, que estava com paralisação total desde que a greve foi deflagrada, em 5 de setembro, teve o retorno de uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental. A informação é da diretora da escola, vera Barreto. Agora entra para lista das instituições em greve parcial.

Já o colégio Doutor Antônio Xavier da Rocha voltou as atividades normais, nesta segunda-feira, segundo a diretora Rosecler Knackfuss. A professora explica que a decisão foi tomada pelos professores da instituição depois da assembleia geral da categoria, na última sexta-feira, em Porto Alegre. No encontro na Capital, os professores votaram pela continuidade da greve. 

Além da Antônio Xavier da Rocha, mais oito escolas seguem com aulas normais.

Já a Augusto Ruschi está com períodos reduzidos em dois turnos e teria uma reunião, na noite desta segunda-feira, para debater a possibilidade de retorno das atividades no horário integral de cada turno, segundo a diretora, Maria Antonieta Guimarães.

CPERS E ESTADO
O diretor do 2º Núcleo do Cpers/sindicato, Rafael Torres, diz que no entendimento da categoria, o Estado não apresentou propostas novas, nem satisfatórias aos professores.

– Não podemos encerrar uma greve sem vitórias. Apenas por encerrar. Precisamos avaliar tudo muito bem e o momento do retorno deve ser feito com cautela, com um bom desfecho – avalia Torres.

Medicina é o curso mais disputado no vestibular da Unifra

Sobre o dado apresentado pelo Estado de menos de 2% das escolas estarem em greve, o diretor do 2º Núcleo aponta que é comum o desgaste do movimento, principalmente nas cidades que são menores. 

Torres conta que Santa Maria, Pelotas e Rio Grande são as cidades que, historicamente, costumam manter a greve por mais tempo no Estado.

O coordenador adjunto da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Alaor Chagas, conta que o órgão ligou, nesta segunda-feira, para as escolas de abrangência da CRE e recebeu como resposta que as direções vão fazer reuniões para definir a situação em cada instituição. 

Ele acredita que até a próxima segunda-feira, 80% das escolas, das 104 atendidas pela 8ª CRE, voltem com as atividades letivas normalmente.

– Já me enganei antes sobre o fim da greve, mas agora estou esperançoso. Acho que os professores perceberam que os alunos precisam voltar para as salas de aula – diz o coordenador adjunto.

Três escolas de Santa Maria são candidatas a selo da Unesco

Nesta segunda-feira completa 70 dias que os professores estaduais deflagraram a greve e, hoje, a Central do Cpers informou que enviaria uma proposta ao Estado. A Secretaria Estadual de Educação pontua que nos próximos dias não deve haver mesa de negociações. 

*Colaborou Lorenzo Seixas

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Ex-jogador de futebol de Santa Maria leva esporte ao Beco da Tela

Próximo

OPINIÃO: A corrupção que corrói o mundo

Geral