Urgência

Em dois meses, nova prestadora cuidará do Samu

Gabriela Perufo

"

A Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), que desde 2011 administra os atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Santa Maria deixará de prestar o serviço. A secretária municipal de Saúde, Vânia Olivo, explica que o contrato entre prefeitura e Sefas foi rompido, a pedido da prestadora do serviço, há cerca de 10 dias. A partir do rompimento, a Sefas tem o prazo de 60 dias para entregar o Samu. 


Enquanto isso, a prefeitura corre para buscar uma nova prestadora de serviços que se responsabilize pelo atendimento de urgência e emergência na cidade. Como o município não tem condições de desempenhar a tarefa, o jeito será dispensar o processo licitatório para que uma nova prestadora assuma o Samu o mais rápido possível:


– Nós estamos trabalhando na substituição. Não vamos abrir processo licitatório porque não tem tempo hábil. Já estamos trabalhando para ver quem vai assumir, mas, com certeza, o município não vai ficar sem Samu – explica Vânia.


Desde que rompeu o contrato, a Sefas já estaria remanejando parte da equipe: pelo menos três técnicos de enfermagem já teriam sido realocados em outros serviços da associação. Um funcionário do Samu teria sido demitido esta semana. 


As perguntas sobre o futuro do Samu são muitas, mas a prefeitura ainda não tem todas as respostas: ainda não se sabe se a sede do Samu continuará no Pronto Atendimento do Patronato, e o valor a ser repassado para a nova prestadora de serviços também não foi informado.


Santa Maria recebeu as ambulâncias do Ministério da Saúde em junho de 2010. Desde as primeiras negociações, a Sefas sinalizava interesse em assumir o serviço, assim como outras quatro empresas. De junho de 2010 a maio de 2011, a assinatura do convênio entre o município e a associação foi adiada pelo menos quatro vezes. 


No dia 25 de maio de 2011, o Samu começou a funcionar em Santa Maria, sendo administrado pela Sefas. Na época, eram mais de 50 funcionários e um repasse mensal de R$ 160 mil. Hoje, o repasse é de R$ 178 mil e a equipe conta com cerca de 45 funcionários. A média de atendimentos do Samu em 2015 foi de 500 procedimentos mensais. Em julho, foram 557 atendimentos.


Das cinco ambulâncias, duas estão funcionando


A segurança Lidiane Miranda Holkem, 24 anos, viu a irmã, Milene Holkem, 15 anos, passar mal e desmaiar dentro de casa na segunda-feira. Assustada, discou 192, o número do Samu. Deu ocupado. Na segunda ligação, ninguém atendeu. Na última tentativa, foi informada de que as duas ambulâncias estavam em outros atendimentos. Desesperada, pediu ajuda aos vizinhos, que levaram a irmã de carro ao PA do Patronato. 


– Imagina se acontecesse algo com ela? Nem sei o que ia fazer – lembra Lidiane.


Apesar de o município ter cinco ambulâncias, o problema de uma ou mais viaturas deixarem de atender por problemas mecânicos não é novidade. Em abril, a quinta ambulância – que até então estava parada, com a prefeitura, foi entregue à Sefas. Mas foi trocada por uma estragada, que segue com o Executivo, parada, aguardando a decisão de quem vai consertá-la. Outras duas estão estacionadas ao lado do PA do Patronato e também esperam manutenção para voltar às ruas. Resultado do cálculo: somente duas para atender os santa-marienses.


Ontem, a equipe do “Diário” procurou pela presidente da Sefas, irmã Ubaldina Souza e Silva. Ela não atendeu as ligações e avisou, por meio de sua equipe, que não poderia falar com a imprensa.


"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Escola de Santa Maria é a top do Enem

Próximo

Prefeitura vai abrir licitação para o Samu em Santa Maria

Geral