O diretor da JH Arqueologia e Gestão de Projetos, João Heitor Silva Macedo, destaca que o Reciclar já ganhou visibilidade e busca expandir para outras cidades a partir do próximo ano.– São mais de 150 eco pontos de coleta, entre escolas municipais e estaduais, unidades militares, restaurantes, lanchonetes, espalhados pela cidade. A partir do ano que vem, queremos ingressar em cidades da região. O mais importante deste projeto é que ele desenvolve a conscientização das pessoas, contribui para o meio ambiente, além de gerar renda para essas instituições, já que nós compramos o óleo delas. É um trabalho de educação, é sustentável, e, também, é social – explica Macedo.
Nos locais onde os eco pontos estão instalados já possível perceber a mudança de hábito, como na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Farencena, do bairro Camobi, conforme conta a diretora Roselis Dias Oliveira.– Nossa comunidade é participativa e engajada nas questões ambientais. No período da pandemia, recolhíamos e repassávamos a uma família que produzia o sabão e usava como complementação da renda familiar. Este ano, surgiu a possibilidade de sermos um eco ponto e tem sido muito bom pois também reverte em renda que auxilia nas demandas da escola. O eco ponto de óleo torna-se uma referência. As famílias vão trazendo conforme coletam e isso torna-se um hábito, evitando e poluição do meio ambiente.Também fizemos uma gincana do Dia do Estudante e uma das tarefas era trazer óleo usado. As famílias se envolveram, fizeram coletas nos prédios e recolhemos uma boa quantidade – conta a educadora.
Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um dos pontos de coleta. (Crédito: Divulgação)
COMO FUNCIONAO projeto Recicla, através da Companhia do Óleo, instala os recipientes para a coleta nos pontos interessados sem qualquer tipo de custo. As pessoas podem juntar o óleo em casa armazenando em garrafas PET e levar até o eco ponto. Depois, quando esses reservatórios estão cheios, os profissionais da empresa fazem a coleta do óleo usado na cozinha doméstica e industrial. Após um processo de reciclagem, que separa a água e impurezas do mesmo, ele é destinado à indústria de transformação, onde é usado para fabricação de itens como sabão, tinta, ração animal, biodiesel, cosméticos entre outros.
A comunidade inteira pode levar o seu óleo de cozinha utilizado a um dos locais de coleta. Além de estar contribuindo com a entidade que abriga o eco ponto, também está auxiliando o meio ambiente sabendo que esse tipo de resíduo terá o destino correto. A lista completa está no site www.ciadooleo.com. Os interessados em se tornar um eco ponto de coleta podem estar em contato com a empresa.
André Ibarr (à direita) e João Heitor Macedo estão à frente da iniciativa que é sustentável, social e de conscientização. (Crédito: Diogo Brondani)
PERIGOS DO ÓLEO NA NATUREZAUm litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos. Isso porque ele é menos denso que a água e, ao ficar na superfície dos rios e lagos, impede a entrada de luz e oxigênio. Isso causa a morte de várias espécies aquáticas que depende da luz para desenvolver-se e sobreviver.
O óleo de cozinha usado chega também aos solos, tanto por meio das margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado no lixo comum que acaba parando nos lixões, contamina essa superfície e acaba sendo absorvido pelas plantas, prejudicando-as, além de afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que fazem a deterioração de compostos orgânicos que se tornam nutrientes para o solo.Além disso, quando atinge o solo, o óleo tem a capacidade impermeabilizá-lo, dificultando o escoamento de água das chuvas, por exemplo, o que pode ser propício para as enchentes.
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