saúde pública

Com 35 pacientes em corredores, Husm teme colapso do pronto-socorro

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Foto: Assessoria do Husm (divulgação)
Pacientes do pronto-socorro aguardam em macas no Hospital Universitário de Santa Maria 

Pelo menos 35 pacientes estão em macas nos corredores do pronto-socorro do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) na manhã desta quinta-feira. O espaço, com capacidade para apenas 23 pacientes, contabilizava 58 nesta manhã. Por isso, o Universitário lançou nota oficial solicitando ao Estado que mantenha o atendimento de traumatologia e ortopedia da Casa de Saúde, suspenso nesta quinta-feira. O temor é de que a demanda no pronto-socorro do Husm cresça acima da capacidade máxima do setor, e que pacientes em estado urgente fiquem sem atendimento em Santa Maria.

Casa de Saúde suspende atendimentos de urgência e emergência em traumato-ortopedia

- É muito arriscado do ponto de vista de segurança para os pacientes e toda a equipe e estrutura do pronto-socorro. Não temos como comportar esse número de pacientes aqui - afirmou o chefe do Pronto-Socorro do Husm, Vivakanand Satram.

Na quarta-feira, a Casa de Saúde informou em nota que não será possível atender pacientes que necessitem de atendimento imediato - urgência e emergência - em traumatologia. Segundo a nota, a decisão não depende da vontade da Casa de Saúde, mas "provém do novo formato de contrato entre o Estado e o Hospital Casa de Saúde (Programa Assistir), que não prevê os atendimentos para casos que necessidade de atendimento imediato".

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Com isso, deixam de ser atendidos 1,1 mil pacientes mensais - cerca de 30 por dia. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não se pronunciou sobre caso e nem informou onde serão atendidos os pacientes. Nem mesmo o Husm foi comunicado oficialmente - a direção do hospital diz que soube da situação por meio da imprensa.

A nota do Husm "solicita que o Estado mantenha o contrato com a Casa de Saúde para o funcionamento do serviço 24h de atendimento de urgência em média e baixa complexidade em Traumatologia e Ortopedia. Ou, então, que a Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela regulação, juntamente com o município de Santa Maria informem oficialmente aos demais gestores dos municípios, hospitais e usuários da região para qual instituição os pacientes devem ser encaminhados para esses atendimentos".

Oficialmente, o Hospital declarou que o pronto-socorro e o centro cirúrgico "não tem estrutura e capacidade de absorver esse aumento de demanda de aproximadamente mais de 30 pacientes por dia".

PRONTO-SOCORRO DO HUSM

O problema de superlotação do Pronto-Socorro do Husm é histórico. Há meses, o espaço enfrenta superlotação constante, com mais de 200% de ocupação. Com isso, o serviço de traumatologia do Pronto-Socorro também trabalha acima da capacidade.

- Os pacientes a mais além dos 23 que temos leitos adequados estão em macas em um corredor, mal instalados, e na sala de emergência, também superlotada. Agora, esse número de pacientes pode aumentar e já não temos onde atender pacientes no geral no pronto-socorro - lamenta Satram.

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Conforme o chefe do Pronto-Socorro, o impacto da suspensão do serviço na Casa de Saúde ainda não causou impactos visíveis ao Husm, mas espera que isso possa acontecer em breve.

- Nós temos que agir rápido. O paciente não tem nada a ver com essa desorganização, esses desencontros de atendimento. O paciente é quem mais sofre com isso. Temos que agir o mais rápido possível - finaliza.


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