Chuva causa alagamentos em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Com o acumulado de chuvas das últimas 24 horas, cerca de 47,8 milímetros, diversos moradores de Santa Maria e região relataram situações que vão desde falta de luz à alagamentos de ruas e residências. A funcionária de higienização, Amanda Silveira dos Santos, 32 anos, mora com os filhos de 12 e 7 anos em uma casa na Rua Progresso Quatro, no Bairro Camobi.

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Ela relata que os alagamentos são frequentes no local, sendo que, em 2021, perdeu grande parte dos móveis e teve que fechar a porta que tinha de frente para a rua. Na tarde desta segunda-feira, a Defesa Civil de Santa Maria foi acionada para ir até o local. De acordo com o superintendente, Adão Lemos, a rua sofreu intervenções da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), ficando sem rede pluvial (bueiros). Uma ocorrência será feita e encaminhada pelo órgão à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos da prefeitura de Santa Maria.

- A minha expectativa é de que seja resolvido esse problema da água, que é o maior que nós temos. Porque nós perdemos muitas coisas. Eu tenho duas crianças e já perdi guarda-roupa e tudo mais. Graças a Deus consegui arrumar o meu pátio e consegui subir na frente da casa. Mas, a espectativa é de que seja arrumado esse problema - conta Amanda.

Na cidade, até o momento, o Bairro Lorenzi foi o local com maior registro de precipitação na cidade, com acumulado de 82 milímetros em 96 horas.

MONITORAMENTO

Ainda segundo Lemos, não há registro de chamados. Entretanto, o órgão monitora dois alagamentos em Santa Maria: um é na BR-287, no trecho que dá acesso ao Bairro Nova Santa Marta, e o outro na Rua Progresso Quatro, no Bairro Camobi.

De acordo com Lemos, os casos de alagamentos ainda não atingiram as casas de moradores da cidade. Na manhã desta terça-feira, a DC está monitorando apenas um indício de alagamento em residência na Rua João Franciscatto, no Bairro São José.

Ao Diário, moradores relataram situações de alagamento na Rua Major Bitencourt, no Bairro Divina Providência; Rua Bege, no Bairro Noal, Rua Padre João Bosco Penido Burnier, em Camobi.

Com relação às áreas de risco de deslizamento, também não há chamados e Lemos afirma que a preocupação deve ser maior caso chova no decorrer dos próximos três dias ou o município ultrapasse o registro de 100 mm de chuva.

REGIÃO

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A agricultora Claudete da Silva Saidelles, 47, presenciou a queda de granizo na localidade de Sotéia, no interior do município. Segundo a moradora, a chuva teria começado por volta das 15h.

- Começou um vento muito forte e já vieram as pedras, enormes. No momento que deu aquele vento, já caiu os postes, arrebentou fio, quebrou telhado e fez bastante estrago - conta.

Conforme o coordenador da Defesa Civil de Dilermando de Aguiar, Arlei Silveira, a chuva iniciou na divisa com São Gabriel, ganhando força a partir das localidades de Peludo, Campo de Pedra e Capão Grande.

- A informação que nos foi repassada através da 3ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil é de que foi uma frente que estava se deslocando da região do Uruguai para o Rio Grande do Sul e que afetou toda a região Centro Sul do Estado. Graças a Deus, não temos relatos de famílias atingidas - afirma Silveira, reforçando que ninguém ficou ferido durante essa chuva.

O município de Restinga Sêca também registrou queda de granizo, mas sem maiores estragos.

ACUMULADOS

Segundo o meteorologista Gustavo Verardo, da Baroclima Meteorologia, Rosário do Sul registrou 87% do acumulado de chuva do mês todo apenas na segunda-feira e segue sendo o município da região com maior índice pluviométrico. Confira os acumulados da região nas últimas 24h: