Carmen AndradeProfessora Universitária
Esta semana, escrevo a 150ªᵃ coluna. Com elas, estou testemunhando outro tempo na comunicação de Santa Maria.Não tem explicação como vim parar no Diário, mas tem emoção, carinho e reconhecimento dos leitores que, de uma maneira ou de outra, me dão retorno. Entre eles há professor que me leva para falar com seus alunos sobre o processo de construção da coluna. Há um santa-mariense que foi embora e me lê por meios virtuais. Há militar transferido para outros Estados brasileiros que continua dando feedback das publicações. Há quem sugere tema, elogia, briga, quem não concorda com a ideia e argumenta com elegância; quem diz que olha só para ver o que escrevi, e etc. Por isto e muito mais, o leitor me faz sentar e me motiva a escrever.
Percebo que cada coluna representa uma obra a mais e uma semana a menos de vida, mas mesmo reconhecendo o envelhecimento, sei que envelhecemos quando paramos de nos divertir. Aqui, eu estou me divertindo, e vou seguindo com alegria procurando alegrar ao leitor, pois um dos maiores pecados humanos é tentar diminuir a alegria do outro. Tenho buscado dedicar minha vida a aumentar a alegria alheia. A isto chamo amadurecimento. Amadurecer é tomar cuidado com aquilo que se diz, respeito ao que se ouve, e meditar sobre o que se cala. Com a idade e no exercício desta coluna, estou aprendendo a não retrucar nem responder quando alguém me ofende, não ajo da mesma forma, apenas sinto compaixão de quem precisa ofender e magoar para se sentir forte. Na real ele tem a maior das fraquezas: pobreza de espírito.
Diante disto, fica o convite de fazermos com que nossa passagem pela vida não prejudique outras vidas, que nossa palavra seja para construir, ajudar e enaltecer, nunca para destruir, humilhar, ou entristecer. Se nada de bom tivermos para falar, o melhor é calar. Este desafio me lembra de quem vem de família desastrosa e decide formar uma família exemplar; de filho que não teve amor dos pais e é amoroso com seus filhos; de criança de pais alcoólatras que opta por não beber; de quem não conseguia encontrar emprego, mas com esforço e garra abre uma empresa e dá emprego.
Aí vejo que o segredo não é como nos criaram, isto é desculpa, podemos fazer a diferença, fazendo diferente, fazendo o melhor pelo melhor, porque maldade é um tipo de correspondência que acaba voltando para o remetente. O desafio é semear amor, se o outro não aceitar a gente colhe os frutos, afinal, gentileza gera gentileza, e ela só é gerada por nobres de espírito, grosseria qualquer um exala. É a semente do amor, da fé, do bem que tentei plantar nas 150 colunas.
Minha gratidão a Deus, ao Diário, e a você, caro leitor, que esteve e está ao meu lado, entendendo minha mensagem simples, pois foi a simplicidade a via que escolhi para tentar chegar ao vosso coração.
Leia o texto de Eduardo Rolim.