paralisação

Caminhoneiros não param na região, mas reforçam críticas aos aumentos do diesel

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário/Arquivo)

Mesmo com o anúncio de greve dos caminhoneiros no país, não houve registros de mobilização em Santa Maria nesta segunda-feira. Ao programa CDN Entrevista desta segunda, representantes da categoria na região falaram sobre os fatores que motivaram uma possível paralisação e as dificuldades que os caminhoneiros enfrentam. Entre elas, está o não reajuste da tabela de fretes enquanto o preço do diesel segue aumentando.

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Santa Maria (Sindicam), Mariano Costa, destacou que não haverá movimentação por parte da entidade na cidade e nos demais 23 municípios da região que integram o sindicato. O líder sindical comentou as injustiças que os caminhoneiros autônomos sofrem.

- O caminhoneiro autônomo é o elo final da corrente. Houve o reajuste do diesel, mas quem fiscaliza a tabela de frete? A empresa paga fora dos preços da tabela e o caminhoneiro tem que aceitar para trabalhar ou outro alguém vai aceitar no lugar. O autônomo não consegue vislumbrar um ganho razoável - afirmou.

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Marco Antonio Scherer é caminhoneiro e ex-sindicalista. Atualmente, ele não se vê representado por nenhum sindicato ou federação. Segundo o motorista, os interesses políticos ficam à frente dos interesses da categoria, o que causa descrença em grande parte dos caminhoneiros. Sobre a renda mensal e as condições de trabalho, ele julga que os profissionais vivem de migalhas.

- Calculando o preço do diesel e dos pedágios, sobram cerca de 30%, para uma série de despesas que vêm junto com a carga, como manutenções e pagar o INSS. O prato de comida na estrada custa R$ 30, o que chamamos de RT (resto do turista). Nos sentimos desrespeitados dessa forma, temos leis que nos protegem, como a da estadia e do descanso. Se fossem cumpridas, estaria bom demais - avaliou Scherer.

De acordo com o caminhoneiro, os aumentos recorrentes dos preços dos pneus (de 5% a 6%) e do diesel (cerca de 9%), inviabilizam o trabalho no transporte de cargas.

- É a nossa profissão, temos que conseguir, ao final do mês, um salário digno - ressaltou.

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O representante nacional do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac), Carlos Dahmer, que também participou do CDN Entrevista, espera que nesta terça-feira a adesão à greve seja maior na região. Dahmer classifica os três pontos principais que mobilizam a categoria que soma mais de 1 milhão de profissionais. Confira abaixo:

  • Aposentadoria após 25 anos de trabalho (para celetista ou autônomo) que está parada no Senado
  • Piso mínimo do frete que está parado no Supremo Tribunal Federal (STF) e vai para votação em fevereiro de 2022
  • Preço de Paridade de Importação (PPI) sobre o valor do diesel

NO PAÍS
No país, caminhoneiros autônomos e celetistas fizeram manifestações pontuais nesta segunda-feira, mas não houve registro de bloqueios de rodovias. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a maior adesão à paralisação é dos autônomos, mas a categoria não tem, até o momento, o número de profissionais de braços cruzados no país.
*Colaborou Gabriel Marques

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