Do espaço ao centro da Terra, essas têm sido as últimas explorações da China. Após lançar a missão Shenzhou-16 na terça-feira (30), que levou o primeiro astronauta civil ao espaço, cientistas chineses começaram a escavar um poço com mais de 10 mil metros de profundidade na Bacia de Tarim, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang.
O projeto pretende penetrar por mais de dez camadas de rocha, um total de 11.110 metros perfurados no interior do deserto de Taklimakan, o maior do país. Somando mais de 2.000 toneladas em equipamentos utilizados, todo esse processo tem como objetivo alcançar áreas do planeta, que por tamanha profundidade, não foram estudadas. A ousadia de explorar um território ainda desconhecido é reconhecida pelo técnico envolvido na operação:
— A dificuldade de construção do projeto de perfuração pode ser comparada a um grande caminhão dirigindo em dois cabos de aço finos — disse Sun Jinsheng, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia.
As maiores dificuldades encontradas pelos cientistas se dão pelo fato da Bacia de Tarim ter seu ambiente de solo áspero e condições subterrâneas complicadas. Nas redes sociais, a empreitada já ganhou um curioso apelido por sua profundidade inédita: buraco para o inferno.
*Com informações de CNN