UFSM lança a primeira Smart Classroom para o ensino de chinês da América Latina

Thais Immig

UFSM lança a primeira Smart Classroom para o ensino de chinês da América Latina

Beto Albert (Diário)

Considerado um dos idiomas do futuro, o mandarim tem sido adotado como segunda língua por milhões de pessoas. Para auxiliar no aprendizado dos mais de 30 mil ideogramas utilizados no idioma chinês, nesta quarta-feira (3), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) fez a inauguração da primeira Chinese Smart Classroom da América Latina. O projeto prevê a disponibilidade de equipamentos vindos da China, que criam um ambiente educacional moderno e interativo, com a participação de professores nativos. As aulas têm previsão para iniciar no segundo semestre deste ano.

O projeto visa disseminar a cultura chinesa pelo mundo e fortalecer os laços culturais entre os dois países. A administradora da Secretaria de Apoio Internacional (SAI), Gracielli Ester Mainardi, afirma que Santa Maria foi contemplada como consequência de um trabalho da UFSM com instituições chinesas que iniciou ainda em 2018:

- É um projeto que está sendo desenvolvido desde 2022. Esse equipamento é inovador porque tem um sistema de aulas totalmente digital e traz a possibilidade de a UFSM se transformar em um polo de inovação e cultura chinesa na América Latina - afirma Gracielli.

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Desde 2021, há oferta de cursos de mandarim - um dos idiomas oficiais da língua chinesa - à comunidade acadêmica. A diferença é que, com a Smart Classroom, as aulas serão ministradas com os professores nativos e todo o material se concentra em um ambiente virtual. A professora de chinês Ana Qiao vê o projeto como uma oportunidade de ampliar o ensino do idioma:

- O Smart Classroom permite aliar o online e o offline, o que vai proporcionar o ensino para um maior número de pessoas. Na América Latina, faltam muitas oportunidades nesse sentido - comenta Ana.

A Smart Classroom foi inaugurada em cerimônia realizada na UFSM

Inauguração contou com abertura simbólica da Smart Classroom

A solenidade de inauguração contou com a palestra da professora Ana Qiao, com o tema “Impressões da China”, e apresentações artísticas que enalteceram diferentes culturas - desde a chinesa até a gaúcha, com o objetivo de promover um intercâmbio cultural. Na manhã da quarta-feira (3), subiram ao palco o projeto “Mojubá: danças populares brasileiras” e o grupo DTG Noel Guarani. Além disso, o evento recebeu participações que vieram direto da China. A professora XIE Jinyu, que fez uma apresentação de dança, e a docente GUÓ Jiayi, que apresentou a música “Cantando na chuva” em flauta, apesar de não falaram português, trouxeram um pouco da China para o público presente no Auditório Pércio Reis, localizado no Centro de Tecnologia (CT). Todo o evento foi traduzido ao português, em falas de autoridades chinesas feitas em mandarim, e reproduzido em inglês ao final de discursos em português. 

A professora XIE Jinyu apresentará a dança de leques durante a cerimônia de inauguração

- A gente está trabalhando com um idioma. Idioma faz parte da cultura. Então, é impossível dissociar isso das expressões artísticas dos países. E assim, a gente traz um pouco da China para dentro da UFSM da mesma forma que, durante essa cerimônia, também levamos a UFSM para dentro da China. Essa é a parte que nos dá mais prazer e alegria porque coloca Santa Maria em um mapa muito importante a nível mundial - relata Gracielle.

Após, houve a abertura simbólica da sala em que serão realizadas as aulas de chinês. Localizada no prédio 16, do Centro de Educação (CE), o espaço está equipado com a Smart Classroom e decorado com elementos da cultura chinesa para uma imersão de conhecimento.

A abertura simbólica da sala foi feita por autoridades da UFSM.

Início das aulas está previsto para o segundo semestre

O curso está previsto para iniciar no segundo semestre, sem previsão de data para inscrições. Inicialmente, o público-alvo das aulas será a comunidade acadêmica, devido ao número restrito de turmas, com cerca de 20 alunos cada. Nos próximos semestres, a intenção é que seja expandido, também, para a comunidade externa.

As aulas irão acontecer de forma presencial e online - já que o equipamento torna viável a conexão simultânea com a China. Apesar da inauguração acontecer em abril, o processo ainda está em andamento, com a organização das turmas e a tratativa com professores de instituições de ensino chinesas que virão ministrar as aulas na UFSM. Conforme Gracielli, responsável pelos projetos com a China na SAI, é preciso no mínimo dois anos para se tornar fluente no idioma. Por isso, a ideia é lançar novas turmas semestralmente, em diferentes níveis como básico, médio e avançado. 

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