Altas Habilidades

Adolescente com altas habilidades cria canal no YouTube para falar sobre mulheres na História

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Com um comportamento diferenciado das demais crianças, adolescentes e também de adultos, pessoas com altas habilidades apresentam desenvolturas elevadas em áreas do conhecimento humano, sejam isoladas em único campo ou combinadas. Em Santa Maria, a história de Tábata Nunes, 14 anos, e estudante do 9º ano do Ensino Fundalmental,  começou a mudar depois que ela foi diagnosticada com superdotação, com ajuda dos professores da Escola Municipal Miguel Beltrame, onde estuda, e de duas acadêmicas de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Hoje, ela compartilha uma parcela do conhecimento em um canal no Youtube, onde fala da importância das mulheres na história. 

Chamado de Mulheres ao Longo da História, o canal surgiu da necessidade de aplicar as habilidades de Tábata em um produto extra curricular. Sendo assim, em conjunto com as acadêmicas Isaura Castro e Flávia Rodrigues, a aluna decidiu começar os vídeos para abordar temas envoltos no feminismo. 

Segundo Tábata, a empolgação pelas aulas de história sempre existiram e eram instigadas. A jovem indaga que sente falta de mais relatos e acha ainda que muitos fatos históricos não são retratados por completo, por isso tem o costume de sempre questionar mais e ir atrás de mais informações por meio de livros e sites educativos. Logo, ela uniu essa apreciação que tem pelo passado com a luta por direitos das mulheres. 

- Hoje em dia podemos dizer que nós mulheres estamos conseguindo ganhar nosso destaque na sociedade, mas ainda não é o suficiente! Pois querendo ou não estamos vivendo uma nova caça às bruxas, onde muitas mulheres apanham dos maridos ou são encontradas mortas, tudo pelo de serem mulheres - afirma Tábata.

Na internet, ela tenta explicar de forma mais compreensível que feminismo não é o contrário de machismo, mas sim uma luta por direitos iguais na sociedade e conta com ajuda de mulheres especialistas no assunto, que participam de entrevistas. 

O DIAGNÓSTICO 
Tudo começou em março deste ano, quando as duas acadêmicas do curso de Educação Especial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), durante estágio final na Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Beltrame, conheceram, além de outros estudantes, Tábata. Sob orientação da professora Nara Joyce Vieira, Isaura e Flávia buscavam no alunos com características que se encaixavam no quadro de altas habilidades. Durante esse processo, Lucas Visentini, professor de Tábada na escola, já tinha percebido, em sala de aula, a desenvoltura da adolescente, que foi encaminhada para fazer os testes. Lizandra Ramos, educadora especial da instituição onde a adolescente estuda, autorizou o contato entre a estudante e as pesquisadoras.

- Pessoas com altas habilidades, não são diagnosticadas e sim identificadas, e o profissional que faz essa identificação é o professor ou às vezes alguns psicólogos. Mas não é uma questão clínica que nem as outras deficiências que necessitam de um laudo médico - relata Lizandra Ramos.

Lizandra lembra que, desde 2018, quando começou a atuar na escola, o professor Lucas já tinha relatado as altas habilidades de Tábata e da irmã dela, Anthônia Nunes, 13 anos. 

No início, precisava ser encontrado na aluna os indicadores das altas habilidades: a criatividade, o comprometimento com a tarefa e habilidades acadêmicas acima da média. Segundo Lizandra, isso já era apresentado em Tábata, diante de interesses e modos de agir em grupo e individualmente.

Com talento na leitura e escrita, além de ter grande facilidade com a matéria de linguística e matemática e um grande interesse por artes chamaram a atenção. Foi com base nisso, que Tábata foi identificada com altas habilidades em português e lógica matemática. 

ALTAS HABILIDADES
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 3,5 a 5% da população brasileira é superdotada, o que se estima que o número seja de 2 milhões de pessoas em idade escolar. Porém, com base no último Censo Escolar, penas 16 mil crianças possuem o diagnóstico de altas habilidades no Brasil e somente 12 mil têm acompanhamento de educadores especiais.

*Colaborou Emanuely Guterres

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