"Não há justificativa para reajuste de preço nas mercadorias neste momento", afirma coordenadora do Procon de Santa Maria

Foto: Beto Albert (Diário)

As fortes chuvas que afetam o Estado, inclusive Santa Maria, estão causando diversos transtornos e a possibilidade da falta de alimentos e água causa pânico na população. Por isso, já existem relatos de preços abusivos em mercadorias vendidas na cidade, principalmente água e combustível. 



A informação foi confirmada por Márcia Moro da Rocha, coordenadora do Procon de Santa Maria e vice-presidente da Associação Brasileira de Procon à Rádio CDN 93.5 FM, na tarde desta quinta-feira (2).  Segundo ela, as principais reclamações se concentram na periferia do município:



– Não importa se é uma grande rede ou pequena. É um momento de crise. Os locais serão autuados, e as multas não são pequenas. É necessário uma comprovação de que a compra é recente para justificar aumento. Porém, aumento abusivo não é permitido, é crime contra a economia popular. Já notificamos o Ministério Público, que também está agindo neste sentido.


Nesta quinta-feira (2), uma recomendação do Procon Municipal foi emitida nesta quinta-feira. A coordenadora afirma que a ficalização está nas ruas de Santa Maria fazendo os levantamentos dos possíveis estabelecimentos que estariam praticando essa prática abusiva.Também confirmou que quatro postos de combustível da cidade já foram notificados e precisam justificar esse aumento. 



– Aqueles que foram denunciados pelos consumidores estão recebendo notificação pessoalmente. Não há justificativa para reajuste de preço neste momento  – reforça.


Dessa forma, a coordenadora do Procon orienta como denunciar as práticas abusivas na cidade:


– Tudo aquilo que as pessoas entenderem como abusivo, se sentirem lesadas, é necessário que registrem a compra pelo CPF, pela nota fiscal gaúcha. Isso ajuda no processo de balização dos valores. É assim que comprovamos o aumento de preços injustificável. Ter uma foto da nota fiscal pode ajudar também.


Outro ponto levantado na conversa foi sobre os atalhos que serão feitos nas rodovias gaúchas em decorrência dos estragos causados pelo temporal. O tempo de deslocamento pode aumentar em mais de 8 horas, além da passagem por pedágios, o que resultaria em aumento no custo da aquisição. 


Questionada sobre isso, a coordenadora explicou os produtos já em estoque não devem receber aumento injustificável nos preços. Porém, não descarta que possa ocorrer "um aumento esperado em novas mercadorias que podem chegar nos próximos dias."


CEO de distribuidora de combustível afirma que não há motivo para pânico

Gustavo Sonza, CEO da distribuidora Santa Lúcia, falou sobre essa situação. Ele confirmou que o transporte de combustíveis é considerado "complicado".

– A cada momento, é uma nova barreira nas estradas. Por isso, precisamos manter a segurança em primeiro lugar. Então o momento é bastante complexo.

Ele relata que ainda há estoque de combustível na distribuidora, para ser repassado aos postos de Santa Maria e região. Porém, não sabe prever quando uma nova carga pode chegar. 

– Temos estoque até a próxima segunda-feira tranquilamente. Porém, tudo depende do movimento. Agora é necessário aguardar a chuva passar e traçar novas rotas – conta.

Mesmo com os desafios, ele acredita que não haverá problemas relacionados à falta de gasolina para a população em geral:

– A locomoção está restrita para fora da cidade. Então não é motivo para pânico agora – afirma.


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