"Cena de filme. Reboco começa a cair das paredes, muita poeira. Não queria morrer ali", Deni Zolin relata momentos de pânico em terremoto no Marrocos

Como o chão está chacolhando tanto como se fosse um metrô gigante passando do seu lado se não tem metrô aqui? Numa fração de segundos, foi o que pensei. Mas ficou muito mais forte, em ondas de vibração e de barulho. O reboco do quarto do hotel começa a cair e penso em correr pro banheiro, pois tem paredes mais reforçadas. Mas não quero morrer ali dentro. 

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Num impulso de um flash, decido enfrentar o corredor de 20 metros, com reboco e poeira caindo das paredes, como numa cena de filme. Quando chego ao ar livre e vejo o colega Gilberto Ferreira ao lado da piscina e bem, e todos os hóspedes saindo salvos (apesar do pavor), o pânico desaparece.

Passar por um terremoto de 6.9 graus é uma sensação apavorante e difícil de traduzir em palavras. Eram 23h20min de uma noite com temperatura agradável e uma brisa em Marrakech, quando eu, Deni Zolin, e o repórter do Grupo Diário Gilberto Ferreira recém havíamos chegado no Hotel Rawabi & Spa, a 15 minutos de carro do centro histórico de Marrakech, no Marrocos.

Ferreira decide ficar ao lado da piscina para telefonar para a esposa em Santa Maria e eu entro no quarto. Cinco minutos depois, meu mundo para. Ou melhor, nossas vidas chacoalham de uma forma iniamaginável. Na sequência, começo a filmar a saída das pessoas desesperadas enquanto pensava se havia como ajudar.

Não lembro de ter passado por um pavor desse tamanho.
Depois de todos a salvo e um bom tempo, fomos autorizados a retirar rapidamente os pertences. Foi então que pudemos ver os estragos, com muitas rachaduras e reboco caído no nos corredores, além de tinta caída ao lado da cama em que eu estava.

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