no exterior

VÍDEO: alunas do Colégio Militar de Santa Maria ganham bolsas de estudos nos Estados Unidos

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Nathalie (à esq.) Letícia e Júlia estão a poucos meses de embarcar para a América do Norte, onde vão fazer faculdade

Três alunas recém formadas no terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Santa Maria (CMSM) foram aprovadas para estudar em universidades dos Estados Unidos da América. As vagas foram conquistadas por meio do Common Application, uma plataforma que permite a candidatura em mais de 900 universidades, como uma espécie de Sisu norte-americano.


As meninas, todas de 17 anos, são Nathalie Arruda Milbradt, Letícia Murer de Souza e Júlia Giuliani Garcia. Elas contam que a plataforma leva em conta o desempenho escolar desde o nono ano do Ensino Fundamental, uma vez que o Ensino Médio estadunidense é formado por quatro anos. Também é considerada a participação extracurrilar das candidatas, como medalhas, menções em feiras e a experiência pessoal.

Embora a avaliação tenha começado há tanto tempo, a real intenção de cada uma deles em tentar estudar no exterior se tornou real em momentos diferentes. No caso de Júlia, foi em 2020 que ela decidiu que tentaria a vaga e passou a ir atrás de mais informações sobre o processo.

- Eu fui conhecendo mais como funcionava e busquei me aprimorar. Por exemplo, eu precisava de premiações e, então, comecei a adquirir pouco a pouco tudo o que precisava para ter uma candidatura competitiva - diz.

Ela já foi aprovada para cursar Engenharia Biomédica na University of South Florida, mas ainda há outras instituições que a interessam. Se mantida a decisão, ela poderá ter bolsas de estudos integral ou parcial. Segundo Júlia, a universidade combina com o perfil que procurava. 

- Eu me inscrevi nas universidades pelas oportunidades que elas oferecem, com bons clubes, que oferecerem orientações e oportunidades de pesquisa. As universidades lá fora se preocupam com quem você é além de sala.

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O pai de Júlia, o suboficial da Força Aérea Romário Garcia, emociona-se ao falar sobre o mérito da filha:

- Nós sempre a incentivamos, demos apoio. O mundo está ao alcance, as oportunidades estão aí, mas dependem do esforço pessoal - avalia.

As meninas fizeram provas de redação e matemática em Porto Alegre e testes de proficiência em inglês. Nathalie conseguiu mentorias com a Educations USA, uma rede do Departamento de Estado dos EUA, que auxilia na candidatura de jovens ao redor do mundo.

- Sou de uma família de baixa renda, por isso, para mim, teria sido difícil sem o apoio das mentorias. Eu não pensava que seria possível alcançar esse sonho. Quando eu soube que fui aprovado, fiquei extasiada. Agora, estou curtindo com a família, comemorando e pensando nos próximos passos - conta Nathalie, que vai cursar Ciência Política e Economia em Harvard, com bolsa integral.

Nathalie, Júlia e Letícia pretendem viajar no início de agosto de 2022, já que as aulas no hemisfério norte costumam ter início no final daquele mês. Letícia acha que, no começo, pode ser um baque a cultura e o idioma diferentes. Contudo, a universidade onde ela vai estudar Psicologia, a Claremont McKenna College, conta uma comunidade internacional de estudantes. Assim, outras pessoas se encontraram na mesma situação dela.

- Além de me acostumar com a cultura americana, eu vou ter a vivência de outras culturas também. Então, isso, ao invés de ser um problema, é uma parte muito legal e um ponto positivo - avalia Letícia.

Conforme o tenente Fabiano Machado, um dos professores do Colégio Militar de Santa Maria, esta é a primeira vez que alunos são aprovados para o exterior. Com o sucesso das meninas, o colégio já planeja que, em 2022, antes da viagem, elas façam uma palestra aos demais alunos explicando o que fizeram para obter a conquista. Seria uma forma de incentivo e uma oportunidade para dar dicas.

- Queremos fazer com que isso ocorra com mais frequência. Pensamos também em incentivá-los a tentar estudar em Coimbra, com quem o Exército Brasileiro tem parceria - conta o professor.

*Colaborou Gabriel Marques

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