Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Água é armazenada em garrafas e baldes
O que poderia ser uma solução acabou postergando, ainda mais, um problema que atinge a Escola Municipal de Ensino Fundamental João da Maia Braga desde o início deste ano. Seriam conhecidas, ontem, as propostas para a construção de uma estrutura para caixa d'água na instituição de ensino de Santa Maria. Porém, nenhuma empresa participou do processo.
Em nota, a prefeitura informou que "Nenhuma empresa apresentou proposta na Dispensa de Licitação realizada pela Prefeitura de Santa Maria para execução de estrutura de concreto armado e instalação de reservatório na EMEF João da Maia Braga. Agora, a informação será repassada à Secretaria de Educação para que sejam avaliados os próximos passos".
Em contato com o Diário, a secretária de Educação, Lúcia Madruga, afirmou que vai procurar a direção da escola para avaliar alternativas.
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- Amanhã (nesta quinta-feira), vou me reunir com a diretora da João da Maia Braga para discutirmos os próximos passos. Ela (a diretora) já havia encaminhado algumas alternativas, mas estávamos aguardando a finalização desse processo. Infelizmente, não tivemos a adesão das empresas - explicou Lúcia.
No primeiro processo de licitação, no início deste ano, a obra tinha sido orçada em R$ 6.498,98. Uma empresa chegou a ser contratada, mas não executou a obra, e o contrato foi rescindido no início de setembro. No processo encerrado ontem, o valor já tinha sofrido um reajuste, e o orçamento estava em R$ 7.175,60. Pela urgência do serviço, a contratação seria na modalidade de compra direta.
IMPROVISO
Ainda ontem, na escola, a diretora, Nivia Paim, e servidores armazenavam água em garrafas PET e baldes para garantir o abastecimento aos alunos. Desde a retirada da caixa d'água, em março deste ano, a instituição utiliza água da rua para preparar a merenda e disponibilizar aos alunos. Porém, o abastecimento é inconstante, e há dias em que falta água no Bairro Passo das Tropas, onde funciona a escola.
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- Com o calor, aumenta o consumo de água. Por isso, precisamos coletar e armazenar o máximo possível. Mas é sempre um risco. O problema precisa ser resolvido o quanto antes - explica Nivia.
Em setembro, a diretora já havia sinalizado utilizar recursos próprios da escola para financiar a obra. A proposta entra como alternativa para solucionar o problema. O projeto apresentado às empresas por meio de edital inclui a construção de uma base de concreto para a instalação de uma nova caixa d'água de fibra de vidro.
ENTENDA O CASO
- Fevereiro de 2018 - Às vésperas do início do ano letivo da rede municipal, pais e professores pedem solução para estrutura de madeira que sustenta caixa d'água e ameaça cair
- Março - Prefeitura retira estrutura e autoriza obra na escola
- Abril - Após licitação e assinatura da ordem de serviço, empresa não dá início à obra
- Maio - Passados 45 dias desde a assinatura da ordem de serviço, obra não começa, e escola segue sem caixa d'água
- Junho - Diário divulga início do processo de rescisão do contrato com empresa que faria a obra
- Setembro - Prefeitura anuncia que fará novo processo, na modalidade compra direta