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Promotoria faz pesquisa para avaliar impactos de atividades remotas em estudantes

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Pais e responsáveis por alunos da Educação Básica das escolas de Santa Maria estão recebendo um questionário sobre a situação das crianças e adolescentes durante o período de atividades remotas. A pesquisa foi elaborada pela Promotoria Regional de Educação de Santa Maria com o objetivo de realizar um levantamento sobre o impacto da suspensão das aulas presenciais no desenvolvimento dos estudantes.

A medida foi adotada após uma reunião realizada na última quinta-feira, que contou com a participação da promotora Rosangela Corrêa da Rosa, do representante do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), Carlos Henrique Pires Sardi; da representante do Sindicreche, Stefanie Araújo, e de mães do grupo Escolas Abertas SM.

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Um dos assuntos debatidos no encontro trata dos danos causados pela falta de aulas presenciais na saúde mental das crianças e dos adolescentes, em escolas públicas e privadas.

A partir dessa e de outras demandas, a promotora Rosângela sugeriu a realização da pesquisa. A ferramenta já é utilizada pelo Ministério Público, mas, a participação dos pais ocorre de forma inédita:

- Neste momento, precisamos acolher e permitir o diálogo. Com a angústia e a preocupação apresentadas pelo grupo, resolvemos fazer esse levantamento para termos uma melhor ideia do atual cenário.

O material, segundo a promotora, também irá respaldar futuros ajuizamentos envolvendo o ensino no Estado.

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PRIMEIROS DADOS
Até a tarde de terça-feira, 1.309 famílias tinham respondido a pesquisa. O acesso dos pais está disponível até o dia 9 de abril.

O questionário foca em dois aspectos principais: com quem o aluno fica durante o horário das aulas e se, durante a pandemia, necessitou de algum acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. De acordo com Rosangela, os primeiros dados apontam que 20% dos estudantes já precisaram de algum atendimento psicológico. E que há casos em que as crianças ficam em casas de terceiros, sem grau de parentesco com os pais.

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- É uma angústia de muitas famílias. Com os pais saindo para trabalhar, as crianças ficam com outras pessoas. Isso aumenta a circulação e amplia os riscos. Não queremos dissociar a saúde da educação, mas as chances de contaminação continuam, e a perda no ensino também existe - argumenta Bárbara Henriques, que integra o grupo Escolas Abertas SM.

SALAS VAZIAS
As atividades presenciais nas escolas foram suspensas no dia 1º de março, por meio de um pedido de liminar ajuizado pelo Cpers pela Associação Mães e Pais pela Democracia. A Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul protocolou um pedido de suspensão da liminar, que ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

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