Vestibular 2013

O poderio dos Estados Unidos

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A soberania internacional dos Estados Unidos e a sua consolidação como potência mundial ficam cada vez mais evidentes com o passar dos anos. Casos como invasões ao Afeganistão e ao Iraque, além das caçadas a Saddan Hussein e Osama Bin Laden, deixam claro que o poderio atinge praticamente todas as partes do mundo.

Uma das justificativas para essa soberania é o desempenho norte-americano nas duas grandes guerras mundiais e também na Guerra Fria. Mesmo na Guerra do Vietnã, em que os americanos foram considerados derrotados, não chegaram a sofrer ataque direto em seu território. Os atentados de 11 de Setembro foram a única vez na história que os Estados Unidos sofreram um ataque direto dentro de suas fronteiras.

O professor associado do Programa de Pós-Graduação do curso de História da UFSM, Diorge Konrad, explica que as consequências para o mundo do poder dos Estados Unidos foram mais negativas que positivas.
_ Ao se pretender como "polícia do mundo", as ações bélico-militares e as ações secretas, especialmente da CIA, do século 20, resultaram em guerras, em ditaduras e em disputas de mercados, que levam a conflitos políticos regionais e mundiais, além das vastas crises econômicas mundiais, como as de 1929 e 2008 _ relata o professor.

Além disso, a expansão imperialista estadunidense também é cultural, como percebido em filmes e em músicas. Como contraposição, a língua inglesa foi se tornando hegemônica, assim como o padrão do dólar como a moda de trocas internacionais.
_ A sociedade consumista norte-americana, como modelo mundial a ser desenvolvido, não tem planeta suficiente para realizá-lo, resultando em destruição da fauna e da flora de diversas regiões do globo. Tudo para manter os padrões de consumo para poucos, ampliando a fome para muitos _ diz Konrad.

O Brasil não ficou de fora desta estratégia, gerando interferência no câmbio, como nos governos de Campos Salles e Fernando Henrique Cardoso, além da ditadura pós-1964, que teve o apoio estratégico do Departamento de Estado Norte-Americano, da CIA e de grandes companhias e bancos. O professor de História explica que o "American Way of Life" como padrão de vida a ser seguido atinge apenas setores sociais mais abastados e uma classe média alta, enquanto a maioria da população é excluída dos bens de consumo.

_ Soma-se a isso, a repressão político-policial, especialmente com a adoção da Doutrina de Segurança Nacional, iniciada no governo Dutra e aprofundada na Ditadura Civil Militar (1964-985), que tem como base a ideia do "inimigo interno", no qual o anticomunismo primário foi a marca indelével do século 20 e atingiu sobremaneira a sociedade brasileira _ declara Konrad.

DICA DA PROFESSORA
Liliane, de História, do Riachuelo Pré-Vestibular
"O tema é relevante porque os Estados Unidos exercem um poder inigualável em todo o mundo, acumulando a liderança no poderio industrial, militar, financeiro, nuclear, estratégico e cultural. Tal poderio se justifica principalmente pelo desempenho norte-americano nas duas grandes guerras mundiais e, em seguida, durante a Guerra Fria, além da esfera da Geopolítica atual, em que mantém intervenções na maioria dos grandes conflitos armados e crises internacionais. Ações recentes dos Estados Unidos nos levam a reflexões quanto a sua soberania internacional e  sua consolidação como potência em defesa da Democracia, a exemplo do extermínio de Osama Bin Laden e das revelações de espionagem a cidadãos e governos com o aval do Congresso, da Corte Secreta de Vigilância e Inteligência e da própria Casa Branca. O estudo deve ser abrangente desde as Guerras Mundiais, quando os Estados Unidos assumem a liderança mundial, até os dias atuais. O material de estudo pode variar desde a leitura em livros e revistas de atualidades até pesquisas em sites confiáveis."

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