pandemia

Justiça mantém suspensão de aulas presenciais no Rio Grande do Sul

18.357

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Pedro Piegas (Diário)

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido do governo e manteve a suspensão das aulas presenciais no Estado. A medida que está em vigor é válida tanto para escolas públicas quanto para privadas durante o período de bandeira preta. 

Na decisão, a juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre (2º Juizado), Cristina Luísa Marquesan da Silva, destacou que a definição não busca cercear o direito à educação, que a magistrada considera importante. "Mas observa a realidade fática de excepcionalidade do momento de insuficiência de leitos hospitalares e de insumos para a oxigenação e entubação em diversos nosocômios do Estado. E vale lembrar, que a situação de suspensão das aulas presenciais pelo Judiciário se dá em caráter provisório, na maior crise enfrentada na Pandemia de Covid-19 no Estado" descreve o documento assinado por Cristina. 

Pelo menos 12 escolas de Educação Infantil já fecharam na cidade

As atividades presenciais em todos os níveis de ensino estão suspensas desde 28 de fevereiro por conta de uma liminar.  A decisão divulgada nesta terça-feira negou pedido do governo, que queria a revogação urgente dessa liminar. A ação que suspendeu em fevereiro a retomada das aulas presenciais foi movida pela Associação Mães e Pais Pela Democracia.

A juíza citou em sua decisão um parecer do Ministério Público, contrário à retomada das aulas sob a bandeira preta, ponderando que a nova variante P1 atinge não somente idosos, mas também jovens e crianças. Também ressaltou que cabe ao Poder Judiciário a função de garantir os direitos individuais, coletivos e sociais, e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Citou a situação atual dos leitos nas UTIS, através do site oficial do Estado, a disponibilidade de leitos e respiradores bem como o número de crianças que ocupam as UTIs pediátricas.

O posicionamento da Sociedade Gaúcha de Pediatria, que é contra o retorno presencial, também foi levado em consideração pela magistrada. A entidade compreende a importância da retomada das aulas o mais breve possível, assim que as condições sanitárias permitirem. No entanto, esses especialistas consideram o quadro atual uma excepcionalidade diante do agravamento da situação nas emergências dos hospitais e aumento do número de casos de Covid-19. 

Por fim, Cristina afirma que: "nesse caso, a suspensão das aulas - nesse momento - se mantém adequada e necessária ao objetivo maior de proteção da vida e do sistema de saúde, do que comparativamente a eventuais danos socioemocionais e cognitivos causados pela ausência de aulas presencias, que é matéria que depende de dilação probatória e é de caráter individual. Afinal, na vida - o que é irreversível é a morte".

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Interessados em uma vaga do Sisu têm até a noite desta quarta para inscrição Anterior

Interessados em uma vaga do Sisu têm até a noite desta quarta para inscrição

Prefeitura de Santiago abre contratação de professores para anos iniciais Próximo

Prefeitura de Santiago abre contratação de professores para anos iniciais

Educação