moradia estudantil

Ingresso na Casa do Estudante da UFSM passa a ser por meio de edital

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Marcelo Oliveira (Diário)/

Faltando um mês para o início do novo ano letivo, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já encara um problema significativo para a permanência dos alunos: o acesso à moradia estudantil. Com uma demanda que pode ser até 10 vezes maior que o número de vagas disponíveis, a UFSM decidiu mudar a forma de ingresso à CEU, que passará a ser por meio de edital a partir deste semestre. A universidade ainda não poderá contar com 100% da capacidade das dependências da União Universitária, uma espécia de alojamento que, em outros anos, abrigou os estudantes que aguardavam abrir mais vagas na CEU. A medida segue uma orientação do Centro de Operações de Emergência em Saúde para Educação (COE). 

No novo modelo, além de comprovar o Benefício Socioeconômico (BSE), pré-requisito para morar na CEU, os alunos terão que passar pelo edital de seleção, ainda em fase de elaboração, que deve ser liberado antes do início do semestre. A justificativa para a troca da forma de ingresso é a alta demanda de estudantes que solicitam a moradia, cerca de 2 mil alunos, incluindo os calouros de 2020 e 2021 que, até então, estavam tendo aulas remotas. Segundo dados repassados pela direção da CEU, seriam cerca  250 vagas disponíveis neste começo de semestre.

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Atualmente, 1,5 mil alunos possuem o BSE ativo, segundo um levantamento da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), que ainda deve contabilizar o número de moradores na CEU, mas nem todos, necessariamente, moram no local. O benefício é um direito garantido ao alunos regulares matriculados em cursos presenciais da UFSM e que estejam em situação de vulnerabilidade social. Para tê-lo, o estudante deve comprovar a renda mensal bruta da família, que deve se encaixar em até 1,5 salário mínimo por pessoa. Além da moradia estudantil, o BSE garante bolsa alimentação no Restaurante Universitário (RU), bolsa transporte, auxílio para compra de materiais pedagógicos e atendimento odontológico.

MUDANÇA NO INGRESSO
Um primeiro esboço do edital prevê que o aluno selecionado a ocupar a vaga na CEU terá o prazo de 7 dias após o resultado para ocupar o apartamento. Depois disso, o próximo selecionado em uma espécie de lista de espera será chamado, que terá o mesmo prazo, de uma semana, até que todas as vagas sejam preenchidas.

O Diretório Central dos Estudantes da UFSM (DCE) discute a construção do edital junto à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e defende delimitações para prioridades do edital, com preferência para estudantes que se enquadrem em grupos específicos, conforme explica o coordenador do DCE, Luiz Bonetti: 

- Por conta dessa disponibilidade menor de vagas previstas em relação ao número de estudantes que vão solicitar, vamos argumentar para que [o edital] seja a partir de estudantes com renda mais baixa, pessoas com deficiência, pessoas negras, imigrantes ou refugiados, e estudantes que são pais ou mães. Tudo ainda ta em fase de diálogo e discussão do edital, pra ver se essas propostas vão pra frente e se vamos conseguir pautar elas. 

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Segundo a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Gisele Martins Guimarães, a previsão é de que o edital seja finalizado até o dia 20 de março, para que haja tempo antes do início do semestre letivo para os alunos concorrerem e comprovarem a vaga na moradia. 

SEM UNIÃO UNIVERSITÁRIA
Além da situação das vagas da CEU, o COE da UFSM, responsável por elaborar e analisar os planos de contingência da pandemia na universidade, orientou a administração da instituição que barrasse a ocupação das 150 vagas de moradia da União Universitária. A União é uma espécie de alojamento onde, em outros anos, os alunos ficavam até conseguir uma vaga na Casa do Estudante. Em média, alguns chegavam a morar por um semestre no local. A justificativa do COE seria que o ambiente não possui circulação de ar, entre outros requisitos para liberação, o que poderia ser um facilitador da propagação do vírus da Covid-19.

A União fica localizada acima do Restaurante Universitário. Além das 150 vagas, outros três alojamentos de 10 lugares cada, distribuídos entre o blocos da Casa também acolhiam os estudantes. Em contato com a vice-reitora da UFSM, Martha Adaime, foi informado que a reitoria e a Prae estudam uma forma de reconfiguração da União, que envolveria a capacidade reduzida. Caso não seja possível, a universidade pensará outra forma e local para atender os estudantes que esperam por uma vaga na CEU.

* Eduarda Nenê da Costa

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