combate ao coronavírus

Equipamento para desinfectar superfícies é desenvolvido por projeto da UFSM

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: divulgação
Protótipo do RodoUV, que passa por testes e aprimoramentos

Inspirado em uma iniciativa da Universidade de São Paulo (USP), o grupo iTecCorona, que reúne alunos e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e Universidade Federal de Rio Grande (Furg) desenvolveram protótipos do RodoUV, equipamento capaz de matar o Sars-Cov-2, o novo coronavírus. O aparelho está em fase de testes e serve para desinfectar superfícies com o uso de radiação ultravioleta UV-C, faixa mais destrutiva entre as classificações do espectro eletromagnético, com propriedades para matar germes, bactérias e vírus. A radiação UV-C elimina a capa proteica e o material genético do causador da Covid-19.

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Nesta semana, um dos protótipos RodoUV, que está em Rio Grande, passará por análises em um laboratório. Na prática, é preciso saber qual é o nível de radiação que deve ser emitido no momento que o rodo passar no chão para que o vírus não sobreviva. Conforme o aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSM, Bruno Silva de Castro, responsável pela montagem do equipamento na Região Central, após receber os dados dos testes de Rio Grande, o protótipo que está na casa dele, em Rosário do Sul, também passará por aprimoramentos. Até 16 de maio, todos os ajustes iniciais devem ser feitos, e os equipamentos serão levados para os testes práticos nos hospitais universitários de Santa Maria e de Rio Grande.

- O foco do projeto sempre foi desenvolver um protótipo de baixo custo e que seja fácil de replicar em outras localidades, por universidades ou qualquer pessoa de bom coração que tenha interesse em desenvolver um e doar para hospitais. Meu pai, João Carlos, me auxiliou no desenvolvimento do projeto - conta Bruno.

Além do PVC, o aparelho usa uma lâmpada ultravioleta, que é encaixada de forma horizontal, na parte inferior do RodoUV. O custo de produção fica em torno de R$ 200.

- Pretendemos finalizar o protótipo nas primeiras duas semanas de maio, para podermos, assim, enviar aos hospitais, para uso definitivo, antes do final do mês. Vamos enviar uma cartilha com todas as instruções de uso e precauções, descrevendo, de forma detalhada, o melhor uso e aplicação para o equipamento, além da descrição dos EPIs a serem utilizados e métodos de segurança - comenta o acadêmico.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Ilustração: divulgação
Equipamento utiliza uma lampada de raios ultravioletas

APRIMORAMENTO
Bruno afirma que, na versão atual do protótipo, foram identificados alguns aspectos a serem otimizados, como a inclinação da haste do rodo e a necessidade de adicionar um botão de pressão, como segurança, para que o objeto se desligue sozinho caso escape da mão do operador.

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O projeto é uma frente tecnológica organizada para a criação, adaptação e construção de soluções científicas para o combate e prevenção do coronavírus. Fazem parte do grupo, além de Bruno, os professores Rodrigo da Silva Guerra, da UFSM, Paulo Lilles Jorge Drews Junior e Ana Votto, da Furg, Anderson Porte e Marcelo Moraes Galarça, do IFRS, e o aluno do curso de Engenharia Mecânica do IFRS, Roger da Rosa Costa. A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) também é parceira e fará os testes biológicos do RodoUV. 

*Colaborou Rafael Favero

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