Foto: Renan Mattos (Diário)
Uma luta que durou mais de um ano, finalmente, chegou ao fim. A Escola Municipal João da Maia Braga, localizada no Bairro Passo das Tropas, já conta com uma nova caixa d'água. Com capacidade para 5 mil litros, o reservatório foi liberado há poucos dias para uso, para a alegria da direção e dos cerca de 370 alunos atendidos pela instituição de ensino.
O problema começou em fevereiro do ano passado, quando, às vésperas do início do ano letivo, a direção percebeu que a estrutura de madeira que sustentava a antiga caixa d'água ameaçava cair. Na época, os pais, preocupados com a segurança dos alunos, chegaram a sugerir a suspensão do início das atividades.
Segundo a diretora, Nivia Paim, todo o material e a mão de obra foram doados. Os trabalhos começaram em fevereiro deste ano, quando uma equipe da Construtora Jobim, que atendeu a um pedido da escola, deu início à construção da nova estrutura, de alvenaria.
Agora, afirma a diretora, a próxima prioridade da comunidade escolar é encaminhar um projeto para reformar toda a estrutura elétrica da instituição.
- Há poucos dias, pegou fogo em uma fiação no pátio. Ficamos sem luz em parte da escola. Lâmpadas e equipamentos queimam a toda hora por causa das constantes quedas de energia - explica Nivia.
Pais pedem suspensão de aulas devido ao perigo de uma caixa d'água
OS OBSTÁCULOS
Em março de 2018, a prefeitura retirou a estrutura comprometida autorizou a obra no local. A partir daí, foram meses de entraves burocráticos. Em abril, o primeiro edital teve empresa vencedora, assinatura da ordem de serviço, mas os trabalhos não começaram porque a contratada desistiu da obra. A rescisão ocorreu em junho. Ao longo do segundo semestre do ano passado, em outubro e em dezembro, mais dois editais foram publicados, mas todos foram desertos - quando não aparecem empresas interessadas.
Para garantir o abastecimento, foi feita uma ligação da rede de água da rua diretamente para a escola. Porém, a região sofre constantemente com problemas de desabastecimento. Ao longo desse tempo, direção e servidores armazenavam água em garrafas PET e baldes para garantir o atendimento aos alunos nos dias de falta de água. Desde a retirada do reservatório, em março do ano passado, a instituição utilizava água da rua para preparar a merenda e disponibilizar aos alunos.
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