Assim como foi com Fernando Collor, em 1992, o pedido de impeachment não é golpe, mas faz parte do processo democrático e precisa ser debatido tecnicamente, para definir se houve ou não crime por parte de Dilma. Golpe seria se alguém tomasse o poder à força. E processo de impeachment é previsto até na Constituição.
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A questão é que, na prática, esse processo acaba sendo mais uma decisão política do que técnica. De qualquer forma, resta agora ao Congresso, eleito democraticamente, discutir e decidir.
A análise do pedido de impeachment será benéfica ao Brasil, porque essa guerra fria que existia entre Cunha e Dilma estava paralisando ainda mais o país, que já sofria com uma grave crise econômica e política. Pelas próximas semanas ou meses, o país vai quase parar em função dessa disputa pelo impeachment. Agora haverá a guerra de fato.
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A vantagem é que, após essa votação, provavelmente os vencedores e os perdedores se acalmarão e permitirão um mínimo de governabilidade - seja com Dilma ficando ou com Temer assumindo. Até porque, com a decisão do PT de votar pela saída de Cunha, ele deve ser cassado, acabando com essa novela de chantagens entre ele e Dilma.
Tomara que, após esse grande confronto, o país retome os rumos.
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