Santa Maria poderá ter um mercado público até o final do ano. Um prédio localizado na Vila Belga deverá passar por uma revitalização para que isso ocorra. Além disso, há previsão de outras atrações na edificação que tem mais de 2,5 mil metros quadrados e traz na bagagem história de mais de um século. A iniciativa é da empresa Marbin Empreendimentos. Conforme o gestor do projeto, Emanuel Sperotto, a ideia é manter o patrimônio histórico, e, ao mesmo tempo resgatar as atividades que eram desempenhadas no local.
– As pessoas vinham de outras cidades comprar alimentos e o que mais precisavam, na época dos trens. Queremos trazer isso de volta. Será um local onde o consumidor poderá encontrar produtos naturais, de qualidade, sem agrotóxicos, fresquinhos para o consumo. Além disso, gerar renda para os expositores que estarão ocupando as bancas do mercado – explica ele.
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Com capacidade para mais de 30 bancas, o espaço deverá abrigar expositores das mais diversas áreas das 40 que têm atividade permitida pela lei que tornou a Vila Belga um polo econômico e cultural do município. A prioridade de ocupação das bancas deverá ser dos expositores que participam do Brique da Vila Belga que demonstrarem interesse em ingressar no mercado. Depois, será a vez dos produtores de Santa Maria. E, por fim, se ainda houver espaços vagos, abrir vaga para pessoas de fora.
O projeto de revitalização do prédio ainda compreende outras etapas. A primeira é a do Mercado Público, com pretensão de que esteja em funcionamento até o final do ano. Depois, a próxima etapa seria a reforma do primeiro pavimento, onde devem ser construídos um auditório e espaços gourmets. Já no segundo pavimento e terraço, está prevista a construção de um espaço gastronômico. O investimento é particular, mas os nomes dos investidores ainda não foram divulgados nem os valores que serão investidos.A Secretaria de Município de Estruturação e Regulação Urbana já teria aprovado o projeto e enviado para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.
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Isenção de impostos: A lei complementar 6057 de 27 de abril de 2017, sancionada pelo ex-prefeito Cezar Schirmer, em 2016, foi criada para incentivar a promoção e o ordenamento do local, além do que os estabelecimentos comerciais e de serviços localizados nesse polo da Vila Belga – Centro Histórico, e sediados em edificações com data de construção até o ano de 1960, poderão receber isenções de tributos municipais, como ISSQN, Taxa de Licença para Locação de Estabelecimentos e Atividades, da Taxa de Vistorias de Estabelecimentos e Atividades, da Taxa por Atos de Vigilância Sanitária e da Taxa para Licenciamento Ambiental, como para a área do imóvel as isenções de IPTU, taxa de coleta do lixo e taxa para execução de obras, por um período de cinco anos.
Ou seja, permitindo a exploração do espaço histórico para fins de comércio e gastronomia a fim de atrair turistas e visitantes, assim como ocorre em lugares históricos de outros países, como o El Caminito, na capital Argentina, Buenos Aires.
As pessoas que residem na região histórica foram consultadas pela empresa investidora sobre a possibilidade de implementação do empreendimento. E a ideia foi a aprovada, conforme a presidente da Associação de Moradores da Vila Belga, Myrna Lena Floresta.
– É uma ideia maravilhosa. Apoiamos sem sombra de dúvidas. Vai ser uma oportunidade de muita gente mostrar seu trabalho, vamos ter mais uma opção para oferecer aos turistas e, além disso, vai trazer segurança, lazer e infraestrutura para a região. A gente vê com muito bons olhos e somos parceiros desse projeto. Não pedimos nem exigimos nada. Só queremos que a Vila Belga fique em ordem para que possamos receber bem os nossos visitantes – declara Myrna.
Além disso, a presidente considera que seria de extrema importância a ocupação de outros espaços do complexo habitacional, como é o caso da sede da Associação dos Funcionários da Viação Férrea. O prédio do antigo clube, que já foi palco de muitas festas de Carnaval e bailes, hoje está se deteriorando.– Não podemos deixar que se perca. Toda a comunidade sairia ganhando se ali fosse construído um espaço cultural, para exposições de artes, por exemplo, ou um café que servisse de ponto de encontro. Seria mais uma opção aos turistas também – sugere a presidente.