Prefeito cassado de Rosário do Sul tem recurso negado

A defesa do prefeito cassado de Rosário do Sul, Luis Henrique Antonello (PMDB), espera que 2016 seja de definições aos rumos e, principalmente, às pretensões do peemedebista, que foi afastado do comando do município em setembro do ano passado. À época, ele foi cassado, pela Câmara de Vereadores, por acusações de descumprimento da Lei de Licitações. Em novembro de 2014, Antonello já havia sofrido impeachment, o primeiro da história do município.

No começo deste mês, o advogado de Antonello, Jair Mendes, teve negada uma medida cautelar, junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que era pedido para antecipar o julgamento da ação que busca que Antonello volte ao cargo. O recurso, na prática, visava dar maior agilidade à demanda do político. Contudo, o ministro do STJ Mauro Luiz Campbell Marques entendeu que, no momento, deveria aguardar para apreciar o recurso e que isso deve ocorrer apenas junto ao chamado recurso especial. Ou seja, ainda é cedo para avaliar o pedido.

Mesmo assim, o advogado sustenta que o processo que desencadeou a cassação do prefeito está envolto de inconsistências:

– Há nulidades e erros formais em toda a formatação desse processo, que culminou com a cassação de um prefeito eleito democraticamente pelo voto popular. Não há nada contra ele. Apenas um complô de seus opositores.

Relações cortadas

Antonello trocou, no ano passado, de sigla. Ele deixou o PSB e filiou-se ao PMDB. As relações entre ele e a então vice-prefeita, Zilase Rossignolo (PTB), – que hoje é a prefeita – foram rompidas em 2014. Antonello já havia adiantado que concorreria à reeleição. Zilase também deve disputar o pleito de outubro.

A defesa de Antonello aposta em mais dois recursos para assegurar o  retorno do político à prefeitura. São eles: dois mandados de segurança, que aguardam por julgamento na Justiça de Rosário e, por fim, a análise de dois agravos de instrumento no Tribunal de Justiça do Estado.