Em primeiro lugar, é preciso acreditar nas suas capacidades para encontrar uma nova chance e, muitas vezes, lidar com o fato de que é preciso aceitar um salário menor.
A busca por uma vaga no mercado de trabalho mobiliza dezenas de pessoas, que acordam cedo, e enfrentam a fila, nas primeiras horas da manhã, em frente à Agência da Fundação Gaúcha do Trabalho e da Ação Social (FGTAS/Sine) de Santa Maria.
Rosana vai cedo para a agência do Sine em busca de uma vaga. Já fez entrevista, mas ainda aguarda emplacar um novo emprego
Porém, apenas a vontade de trabalhar já não é garantia de que se vai conseguir uma oportunidade. Hoje, o mercado está cada vez mais exigente e, as vagas, restritas. Por isso, buscar qualificação é fundamental.
Ontem, por volta das 7h30min, Rosana da Silva Carvalho, 26 anos, estava na fila do Sine. Casada e mãe de duas crianças, de 6 e 4 anos, ela veio de Porto Alegre com a família há cerca de duas semanas para tentar uma vida nova em Santa Maria. Na Capital, Rosana trabalhou em um restaurante, mas estava desempregada desde agosto do ano passado.
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Larguei currículo em mais de 10 empresas, e nada. Está muito mais difícil de conseguir algo. A oferta está menor que a procura. Aqui o custo de vida é menor do que lá. Por isso, voltamos comenta a desempregada.
Conforme Rosana, qualquer oportunidade será bem-vinda, seja na área de limpeza, auxiliar de cozinha ou atendente. O marido de Rosana trabalhava como taxista na Capital e, agora, também está sem emprego. Segundo ela, ele já cogita retornar sozinho para Porto Alegre para tentar um trabalho. Rosana afirma que a maior preocupação é com os filhos, já que começa a faltar alimentos em casa. Por isso, a busca da dona de casa é incessante:
Hoje (ontem), vim ver o que tem na área de limpeza aqui no Sine e, amanhã (hoje), tenho uma entrevista agendada em um mercado. Mas, ficam de ligar e não retornam. Já são dias perdidos na busca por outra vaga. Não dá para escolher, o que aparecer a gente tem que enfrentar.
A busca por uma oportunidade também move a dona de casa Rafaela dos Santos, 30. Sem trabalhar desde 2011, por escolha própria, o desemprego"