Para a Unifra, sempre foi mais viável fazer o novo hospital junto do atual hospital São Francisco, por concentrar tudo num único local. Porém, a impressão é de que a escolha da Unifra não foi a melhor ao optar por aquela área, devido à quantidade de nós que precisam ser desatados para liberar o início da obra. Mas agora, está feito, e isso precisa ser resolvido. Além do mais, é de interesse não só da Unifra, mas de Santa Maria, que esse hospital seja construído.
Unifra pode desistir de construir hospital-escola em Santa Maria
O problema é que o tempo passa, e já não é o primeiro grande atrito envolvendo a Unifra, a prefeitura e o governo do Estado. Está faltando diálogo e habilidade política nessa negociação, de todas as partes. Prova disso são esses embates públicos e as reiteradas ameaças da Unifra de construir o hospital em uma cidade vizinha. Santa Maria não pode permitir que esse hospital vá para outra cidade, até porque é pior para os santa-marienses e para a Unifra.
O nó da vez são as obras de asfaltamento e abertura de ruas, que estão na lei que liberou a Unifra a fazer o hospital num prédio vertical. A prefeitura alega que um estudo da própria Unifra previa que a instituição fizesse essas obras, por isso, colocou essas exigências na lei aprovada na Câmara. Porém, não fica claro no estudo da Unifra quem deveria ser o responsável por essas melhorias. E a Unifra alega que não foi avisada e que não tem como fazer isso. O pior é que essas exigências estão aprovadas em lei e será difícil de alterá-las.
Santa Maria e a prefeitura precisam pensar grande e no futuro. Só os benefícios que o hospital trará em atendimentos de saúde, empregos e geração de renda para a cidade já serão uma grande contrapartida que a Unifra dará para Santa Maria. É preciso esquecer os atritos do passado, desarmar os espíritos e tentar um entendimento. Caso contrário, todos sairão perdendo.
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