Iniciada no final de 2013, a duplicação de apenas quatro quilômetros da Faixa Velha de Camobi (ERS-509), deveria ter sido concluída no fim de 2015, mas o Daer foi dando novos e novos prazos à medida que atrasava os pagamentos às construtoras.
Questionada pelo colunista Deni Zolin, a autarquia deu agora uma nova previsão para concluir a duplicação que é reivindicada há décadas pelos santa-marienses. Transcrevo aqui o que informou o Daer: "A previsão para conclusão da duplicação é 1º semestre de 2018, mas este prazo pode sofrer alterações de acordo com o ritmo das obras."
Portanto, os motoristas ainda precisarão de muita paciência com os longos congestionamentos perto do novo viaduto da Avenida Osvaldo Cruz.
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Segundo o Daer, o balanço da obra é o seguinte: 93% do viaduto (mostrado na foto acima) foi concluído, faltando agora executar as barreiras de segurança laterais e central, a laje de aproximação (ligação do viaduto com o aterro) no lado de Camobi e os acabamentos.
A construtora Sogel, de Porto Alegre, já gastou R$ 2,867 milhões no viaduto, que custará ao todo R$ 3,081 milhões, em valores atualizados. Já a construtora Della Pasqua, de Santa Maria, que fez as novas pistas e está erguendo os aterros do viaduto, gastou até agora R$ 30 milhões. Ao todo, essa parte custará R$ 37,379 milhões. As pistas já foram todas duplicadas, o que melhorou o trânsito em boa parte da rodovia.
O Daer esclarece ainda que "o trânsito sobre o viaduto só será liberado quando os aterros de encontro que fazem parte da duplicação estiverem concluídos, o que coincide com a conclusão de toda a obra. Estima-se que até o final do ano seja possível concluir essa etapa e liberar para a execução da pavimentação dos acessos ao viaduto, a cargo da Della Pasqua."
Por isso, a tendência é de concluir tudo e liberar o trânsito nos primeiros meses de 2018 – se não faltar dinheiro, é claro.
A OBRA E AS ELEIÇÕES

É brabo dizer isso, mas hoje, a eleição a governador de 2018 é a maior aliada da duplicação da Faixa Velha de Camobi. Nos bastidores, a informação é de que o governador José Ivo Sartori (PMDB) fará de tudo para concluir a obra a tempo de possa inaugurá-la até março do ano que vem, quando ainda poderá subir nos palanques de inaugurações. O motivo: ele vai concorrer à reeleição e quer lucrar politicamente em cima da obra.
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E entregar a obra em março do ano que vem não é nenhum grande feito, pois a duplicação toda deveria ter sido entregue à comunidade em dezembro de 2015. Isso significa que serão quase dois anos e meio de atraso – com transtornos e congestionamentos que fazem parte de qualquer obra, mas já poderiam ter acabado há muito tempo. A demora da obra foi em função da queda no repasse de verbas da Cide (contribuição sobre combustíveis), vindas do governo federal e da falta de complementação de recursos por parte do Estado.
Mas, agora, ao que tudo indica, Sartori deve tirar dinheiro do caixa do Estado para garantir que a obra seja concluída.