A situação financeira da UFSM é preocupante devido ao grande atraso de repasse de verbas da União, mas não chega a ser tão grave quanto em outras federais, como em Brasília e Espírito Santo, onde houve ocupações de reitorias causadas pelo atraso no pagamento de bolsas.
Mesmo assim, a UFSM chegou a acumular este mês R$ 18 milhões de dívidas com fornecedores. Na última segunda, vieram R$ 4,9 milhões, e foi possível pagar as bolsas, com poucos dias de atrasos, e só as dívidas de agosto e setembro com empresas que fazem obras de manutenção e fornecem insumos, como materiais de laboratórios. Já para outros serviços, como luz e água, vieram verbas específicas e não há atrasos.
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Segundo o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, na sexta, chegaram mais R$ 3 milhões e foi possível pagar parte dos serviços de limpeza e de terceirizados. Mesmo assim, a UFSM acumulava, na sexta, dívida de R$ 11,5 milhões com fornecedores. Até 2013, isso não ocorria. O temor é que em 2016 a situação piore.
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O governo exige corte de 20% nos gastos para custeio em 2016, mas a tendência é que os reitores digam ao MEC que, se isso ocorrer, haverá grande prejuízo ao funcionamento das universidades, numa tentativa de obterem mais recursos. Ou seja, 2015 é um ano difícil, e 2016 será de muita dor de cabeça e incertezas.
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