Política

CPI do Parque de Máquinas ouve empresários e servidores da prefeitura

José Mauro Batista


CPI do Parque de Máquinas ouve mais uma rodada de depoimentos
Vereadores Marion Mortari, Vanderlei Araujo e Juliano Soares ouviram nesta terça-feira mais quatro testemunhas na CPI Foto: Câmara de Vereadores / Divulgação

Mais quatro testemunhas foram ouvidas nesta quarta-feira pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Câmara de Vereadores de Santa Maria para investigar possíveis irregularidades no Parque de Máquinas da prefeitura. 

Duas delas são empresários que prestavam serviços ou vendiam produtos, como peças de veículos, à Secretaria de Infraestrutura, Obras e Serviços, na gestão passada. Outras duas são servidores da prefeitura. 

Na próxima semana, a CPI deverá pedir a prorrogação do prazo por mais 30 dias.

 CPI do Parque de Máquinas vai pedir mais 30 dias de prorrogação

A primeira testemunha de ontem foi um empresário que prestou serviços ao governo passado. 

Ele afirmou ao presidente da CPI, vereador Juliano Soares (PSDB), Juba, que "não havia qualquer controle do serviço que era feito e qualquer servidor (da Secretaria de Obras) poderia solicitar serviços". 

O empresário disse que a pasta ficou devendo R$ 8,7 mil, valor que até hoje não conseguiu receber.

O segundo a depor foi um engenheiro mecânico, servidor concursado da prefeitura e responsável pelos laudos sobre as condições das máquinas. 

 Câmara de Vereadores propõe novas regras para as estradas rurais

Ele falou sobre o trabalho que fazia para o Parque de Máquinas, embora não trabalhasse na Secretaria de Obras. 

É que na condição de único de sua especialidade na prefeitura, ele integra comissão que avalia o patrimônio.

O servidor afirmou à CPI que recomendou que a prefeitura não adquirisse as máquinas chinesas que não têm licença para trafegar. 

Mesmo assim, os veículos foram adquiridos, segundo o engenheiro, "por questão da lei de licitações."

 O caminho de um líder comunitário até a Câmara de Vereadores 

– Ele nos mostrou como funciona tudo, tanto que foi chamado pela atual gestão para fazer o termo de referência (o que é necessário para abrir uma licitação) para o conserto da escavadeira hidráulica que ficou dois anos em uma oficina – explicou  o presidente da CPI.

A mesma testemunha também contou à CPI que sugeriu que duas motoniveladoras não fossem encaminhadas para leilão, pois poderiam ser recuperadas. 

No entanto, a recomendação não teria sido seguida e as máquinas foram a leilão. 

 Com longa trajetória nos bastidores da política, Vanderlei estreia na Câmara

O servidor ficou de fornecer o laudo em que fez essa recomendação.

A terceira testemunha foi o proprietário de uma borracharia, que também prestava serviço à prefeitura. 

Ele contou que sua empresa fora contratada, por pregão, para serviços de borracharia, mas acabava vendendo outras peças, como protetor de câmara para pneus, por exemplo. 

 Vereador chegou à Câmara com a ajuda da "mãe adotiva"

O empresário reclamou que a prefeitura ficou devendo R$ 55 mil para a empresa, valor que até hoje não foi quitado.

A última testemunha foi um operador de máquinas que atualmente é o chefe das oficinas. 

Sua contribuição à CPI foi basicamente explicar qual sua função hoje para comparar com o que fazia o chefe das oficinas na gestão anterior.

PRÓXIMOS PASSOS

Na próxima semana, a CPI decidirá algumas questões importantes para o rumo das investigações. 

 Após perder mandato, vereador volta ao Legislativo de Santa Maria

A primeira diz respeito à prorrogação do prazo para concluir os trabalhos. 

Outra questão se refere à proposta do vice-presidente da CPI, Vanderlei Araujo (PP), de colocar algumas testemunhas frente a frente para esclarecer algumas contradições em depoimentos. 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Maioria dos deputados gaúchos votou contra Michel Temer 

Próximo

Temer passa mal e vai para hospital em Brasília

Economia