Público recorde

302 mil visitantes fizeram da 25ª Feicoop a maior de todas as edições

Joyce Noronha e Pâmela Rubin Matge

Foto: Renan Mattos (Diário)
Temperatura amena e trégua na chuva favoreceram adesão do público à feira

Quando vários pequenos se transformam em um gigante é que um encontro da magnitude da Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) consegue, em sua 25º edição, um público recorde: 302 mil visitantes, segundo a organização. Todos passaram pelo Centro de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter desde a última quinta-feira.

Conforme divulgado pela organização do evento, por volta das 18h30min de ontem, a temperatura amena e a trégua da chuva favoreceram a adesão à feira. Em quatro dias, foram 3,5 mil empreendimentos organizados em rede. A feira contou com 583 municípios, 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, entidades públicas e privadas, universidades, fundos solidários, redes nacionais e internacionais de economia solidária e a representação de 25 países e cinco continentes. Também foram expostos mais de 10 mil variedades de produtos.

Foto: Renan Mattos (Diário)
Em quatro dias, foram 3,5 mil empreendimentos organizados em rede

O conceito de economia solidária ancorada no desenvolvimento sustentável, e que aproxima produtores de consumidores sem o atravessamento industrial, promoveu ralações para além da comercialização:

O lixo nas ruas de Santa Maria é reflexo da falta de coleta seletiva

Os artesãos senegaleses Binetou Gueye, 32 anos, e Ousame Mathurin, 40, vivem em Caxias do Sul há três anos e, há dois, expõem seus trabalhos na feira, que, para eles, representa dias de acolhimento e intercâmbio cultural. No estande do casal, peças madeira, como estátuas, máscaras e bijuterias trazem temática africana para o Coração do Rio Grande:

- A gente se sente bem aqui. E é uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho, que carrega muito da nossa cultura, da nossa origem - avalia a artesã.

CONFRATERNIZAÇÃO

Um dos locais que atraía a curiosidade dos visitantes era o da Erva-mate Rainha do Sul. Além da venda do produto, um equipamento de madeira socava e moía o produto na hora. Segundo um dos funcionários, Tômas Oliveira da Silva, 19 anos, a produção é toda artesanal e tem sede no pequeno município de Novo Barreiro, com cerca de 4 mil habitantes, no Noroeste do Estado:

- O pessoal participa há 16 anos da Feicoop, mas, que eu venho a Santa Maria, é a primeira vez. O mate tem a mesma ideia da feira, que é a confraternização, o encontro. Tem quem leva a erva para casa, mas tem uns que fazem o chimarrão por aqui mesmo - conta.

Foto: Renan Mattos (Diário)
Evento promoveu acolhimento e intercâmbio cultural para além da comercialização

O evento foi organizado pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria, com apoio de instituições, entidades e empresas locais.

- Esta foi a maior de todas as feiras em termos de diversidade, etnias e culturas. Tivemos seminários e oficinas a favor da democracia e pelos direitos dos trabalhadores. Temos a certeza de que estamos no caminho certo - finalizou a coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill.

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