Santa-mariense é convocada para Copa do Mundo de Pickleball; conheça o esporte

Santa-mariense é convocada para Copa do Mundo de Pickleball; conheça o esporte

Foto: Confederação Brasileira de Pickleball (Divulgação)

Nos últimos anos, o número de entusiastas dos esportes de raquete cresceu no Brasil, principalmente em função da ascensão do pádel e do beach tennis, que se somam ao já consolidado tênis. A partir disso, outras modalidades começam a surgir e atraem o mesmo público, como é o caso do pickleball, que é caracterizado como a mistura entre o tênis e o pingue-pongue. Em Santa Maria, o esporte está em desenvolvimento, e uma atleta da cidade irá representar o Brasil no Campeonato Mundial neste mês.


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O esporte

Foto: Nathália Schneider (arquivo, Diário)

Praticado de forma individual ou em duplas, o pickleball é disputado em uma quadra menor em relação aos demais esportes de raquetes. A bola é mais leve e possui furos para facilitar o controle de jogo. Quanto às regras, uma partida dura entre 20 e 30 minutos, sendo disputada até 11 ou 15 pontos, a depender do torneio. Os competidores utilizam a raquete para jogar a bola para o outro lado, podendo bater apenas uma vez no seu campo.

A parte da pontuação é mais complexa. Pensando em uma partida de duplas, antes do saque, cada jogador diz três números: o primeiro, referente à pontuação do seu time; o segundo, referente à pontuação do adversário; e o terceiro, referente ao jogador que está sacando. Vale destacar que cada integrante da dupla deve escolher se será o “número 1” ou o “número 2”.

Se a dupla que está sacando marca um ponto com o jogador 1, o sacador troca de posição com o seu companheiro, mas segue no saque. Caso o time perca a disputa, o saque passa para o jogador 2, e o time adversário não pontua. Após a perda do ponto em um lance iniciado pelo saque do atleta 2, a outra dupla ganha o direito de sacar. Portanto, o ponto só acontece se alguém da dupla estiver sacando.

Em partidas individuais, o sistema que se assemelha a “vantagem” do vôlei, que durou até 1998, segue sendo utilizado. No entanto, por se tratar de um duelo entre dois competidores, se diz apenas o número referente à pontuação de cada time.


O retorno ao alto nível

Entre os dias 26 e 27 de outubro, Lima, capital do Peru, irá sediar a Copa do Mundo de Pickleball. Entre os seis representantes brasileiros está a santa-mariense Eliza Rocha, 51 anos, que trabalha na Secretaria de Esportes e Lazer, do município. Praticante da modalidade desde o início de 2024, ela foi convocada para a seleção brasileira após vencer a etapa nacional da categoria open, a principal. Além disso, ela conquistou etapas do Campeonato Brasileiro, foi vice-campeã latino-americana e venceu outros torneios pelo Brasil.

Eliza Rocha, à esquerda, após ser vice-campeã latino-americana de pickleballFoto: Confederação Brasileira de Pickleball

A rápida evolução no pickleball ocorreu em função da familiaridade de Eliza com esportes de raquete. Na juventude, ela foi atleta de tênis, conquistando o campeonato nacional nas categorias até 16 anos e até 18 anos, além de ter sido a número um do ranking brasileiro, quando tinha 16 anos. Formada em Educação Física pela UFSM, ela participou da Universíade, uma espécie de Jogos Olímpicos das universidades, como tenista.

– Eu estou muito feliz, pois não imaginava que com 51 anos eu ia conseguir chegar em uma categoria como essa. Eu sempre gostei de esportes de raquete e não imaginava que eu teria essa oportunidade de representar o país em um campeonato tão importante como esse, que é o campeonato mundial – disse, Eliza, orgulhosa.

Na Copa do Mundo, 32 países estarão representados. Eliza Rocha reconhece que o Brasil ainda está evoluindo no esporte e que outras nações possuem mais tradição, como os Estados Unidos, onde existem quadras de pickleball públicas para a comunidade praticar. Mesmo assim, ela afirma que o público pode esperar um bom desempenho da equipe brasileira.

– Eu espero dar o meu melhor e usar a experiência que tenho do tênis a meu favor. O Brasil iniciou há pouco tempo no pickleball e tem outros países que já são mais desenvolvidos no esporte. Nós estamos crescendo e sabemos que temos atletas fortes, mas existem países de tradição – destacou, a atleta.


O pickleball em Santa Maria

Na cidade, o esporte passou a ser praticado em setembro de 2023. Aos poucos, a prática foi atraindo simpatizantes, aproveitando o momento de ascensão dos esportes de raquete. O atleta e professor de pickleball, Rafael Marques, é dupla de Eliza Rocha nas quadras e também estará em Lima. No entanto, ele não foi convocado para a Copa do Mundo, mas irá disputar um torneio em paralelo, que reúne atletas do mundo inteiro, incluindo a sua parceira.

Natural de Pelotas, ele veio para Santa Maria em 2017 e, desde 2023, trabalha com o pickleball. Na visão do praticante, trata-se de um esporte de fácil adaptação do público interessado.

– O jogo fica rápido quando os jogadores chegam perto da rede. No fundo da quadra, é um jogo mais lento. Então, isso favorece as pessoas a jogarem junto. E como a bola é leve, o pessoal não precisa fazer tanta força para jogar. Quando alguém entra na quadra de pickleball, rapidamente se adapta. A linha de aprendizagem é bem rápida – disse, Marques.

O pelotense também reforçou o crescimento no número de entusiastas do esporte em Santa Maria. Inclusive, o mesmo afirmou que recebe contato de pessoas interessadas semanalmente, além de moradores de outras cidades. Vale destacar que uma das maiores jogadoras da história do esporte, Simone Jardim, que mora nos Estados Unidos, é santa-mariense.

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