Apaixonados por velocidade

Fórmula UFSM aposta em aceleração para campeonato deste ano

Letícia Klusener e Luis Gustavo Santos

Uma turma de apaixonados pelo automobilismo tem levado a Universidade Federal de Santa Maria ao patamar de reconhecimento na Fórmula SAE Brasil, uma competição universitária que reúne instituições de todo o país. A Fórmula UFSM representa Santa Maria no torneio que tem como objetivo proporcionar aos estudantes a união entre prática e teorias. E é isso que a equipe composta por 30 membros, entre elas docentes e estudantes, faz há 13 anos. 

Idealizado pelo professor do departamento de Engenharia Mecânica e também atual coordenador do projeto, Mario Eduardo Santos Martins, 47 anos, a Fórmula UFSM é uma equipe derivada da Bombaja UFSM, que produz protótipos para competir na modalidade de estrada de terra contra outros carros. Com a experiência trazida da Inglaterra, quando participou da equipe da Brunel University, Mario não pensou duas vezes antes de colocar em prática o projeto na aqui na UFSM. Hoje se vê realizado pelo caminho percorrido durantes os anos: 

— Isso era um sonho que nós tínhamos de ver na universidade. Nós conseguimos em um espaço de tempo muito curto quando comparado com as outras equipes. 

A equipe e o carro

O grupo que trabalha no projeto atual é composto por 30 membros. Todo mundo que possui vínculo com a universidade pode participar da equipe. Ela é dividida em sistemas como: elétrica e eletrônica, powertrain (que une motor e transmissão), aerodinâmica e chassi. O recurso financeiro para a execução do projeto vem de repasses feitos pela própria instituição. Contudo, também recebem ajuda de outras iniciativas e empreendimentos com equipamentos. 

Danilo Costa Teixeira, professor Mario Eduardo Santos Martins, Gabriel Bayer, João Vítor Rigui e Luiz Coelho. Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Todo ano o projeto do veículo é pensado do zero, mas levando em conta erros e acertos de temporadas passadas. Antes da equipe ir a Piracicaba, em São Paulo, para a etapa presencial, é necessário o envio de projeto em formato de relatório para a competição, nele até o investimento financeiro feito é padronizado com uma moeda própria do torneio para que todas as equipes tenham equidade no processo. O projeto deste ano já foi enviado. No entanto, a equipe ainda faz suspense sobre o desenho final. 

Trajetória de conquistas

Desde o início do projeto, a equipe vem se destacando. Ainda em 2012, o grupo saiu vice-campeão brasileiro na Fórmula SAE Brasil. Apenas equipes de São Paulo haviam conquistado o feito até então. Em virtude disso, o grupo pôde ir até a competição FSAE Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos. Na primeira competição internacional, a Fórmula UFSM alcançou a posição 27° entre 62 equipes. Desempenho destacado pelo coordenador Mario. 

Em 2014, a Fórmula ficou em 3° lugar geral na etapa brasileira. Já em 2015, a equipe ficou na oitava colocação geral. Em 2016, na 14°, em 2017 subiu para o 5° lugar e em 2018 ficou em 4°. Em 2021, na prova online, ficou em 3° lugar. 

Como a competição é dividida em várias etapas, as equipes podem conquistar colocações diferentes em cada uma delas. A soma dos pontos entre cada uma delas, resulta na classificação geral. No ano passado a equipe foi a mais rápida na prova de aceleração. Em um traçado de 75 metros a equipe bateu um tempo de 4,012s no trajeto. Esse é o tempo mais rápido da história da competição. Por algumas semanas foi o recorde mundial. O realizador do feito inédito é o piloto Gabriel Bayer, que é também estudante do 6° semestre de redes de computadores. O recordista conta que agora a expectativa é manter o recorde nesta temporada: 

— Foi algo que trabalhamos muito para conseguir. Definimos isso no projeto e  todo o desenvolvimento do carro foi buscando otimizar as partes do carro para esta prova específica. 

Carro na pista e olhos no futuro

Amantes de automobilismo, os alunos veem o projeto como uma porta de entrada para futuros projetos. Inevitavelmente, o sonho de todos é, quando formados, conquistarem seus espaços em categorias como a Fórmula 1. Dentro da equipe, o coordenador do projeto explica que alguns alunos formados pela casa seguem trabalhando com automobilismo. O capitão da equipe e estudante do 5° semestre de Engenharia Mecânica Luiz Coelho diz ainda não saber qual categoria alcançará, mas o sonho é seguir trabalhando como engenheiro de motorsports.

Foto: Eduardo Ramos


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