Foto: Luís Gustavo Santos
As irmãs Evilyn (branco), Amanda (azul) e Emily (preto) se destacam em competições de jiu-jítsu
Atenção, disciplina, respeito, frequência e coragem. Esses são os ingredientes escolhidos para criar verdadeiras campeãs. Além disso, o treinador Patrik Quevedo, propositalmente, acrescentou um ingrediente extra nessa mistura: o jiu-jítsu. E assim nasceram as Poderosas do Jiu. Usando seus treinamentos e dedicação, Emily, Amanda e Evilyn Quevedo têm dedicado suas vidas a participar de competições e conquistar medalhas.
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Para alguns o parágrafo anterior trará nostalgia e lembranças. Para quem não entendeu, trata-se de uma adaptação da abertura da série de desenho animado “As Meninas Superpoderosas” (1998). Foi inspirado na ficção, que conta a história de três meninas que combatem o mal com seus superpoderes, que as irmãs Emily, 16 anos, Amanda, 13, e Evilyn Quevedo, 17, criaram as Poderosas do Jiu, um perfil no Instagram dedicado a divulgação seus feitos no esporte. Os inúmeros títulos conquistados são resultado do esforço no dia a dia das atletas.
– Nós nos preparamos todos os dias com treinamento de duas horas. É difícil conciliar a rotina de escola e trabalho, mas quando a gente faz algo que ama, parece que alivia. Muitas vezes, chegamos exaustas, mas isso passa – ressalta Emily.
A paixão pelas artes marciais vem de berço. Isso porque Patrik Quevedo, além de treinador, é pai das três atletas.
– Orgulho delas eu tenho desde que nasceram. As conquistas são apenas mais um orgulho. Ser pai e professor ao mesmo tempo tem um lado bom, mas, às vezes, é difícil controlar o nervosismo. Nos campeonatos, eu tenho que deixar o pai de lado e me tornar professor e ter calma. Isso é bem difícil – brinca Patrik.
Apesar da dificuldade para separar as duas funções, na hora do treinamento, não tem moleza para as lutadoras.
– É uma preparação muito intensa. Além do treino aqui na academia, cinco vezes na semana, eu faço musculação, treino funcional e natação – conta a caçula da turma, Amanda.
Mundial
Entre novembro e dezembro de 2023, Amanda e Emily participaram do Campeonato Mundial de Jiu-jítsu, em São Paulo. Emily, que já era campeã do mundo na categoria sub-15, conquistou mais um título, agora na categoria Juvenil Faixa Azul.
– A experiência que eu tive no Mundial foi muito boa. Não sei explicar a alegria que eu senti no momento que venci. Minha vontade era só agradecer e chorar – lembra Emily.
Amanda não conquistou medalhas na categoria Infanto Juvenil Faixa Amarela, mas ela garante que não vai desistir da conquista internacional:
– Em dois anos, não consegui subir no pódio. Isso me frustrou bastante, mas faz com que eu queira treinar mais para chegar lá, dar o meu melhor e, se Deus quiser, trazer o ouro.
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Projeto Semeando o Bem
Emily, Amanda e Evilyn integram o projeto Semeando o Bem, que promove o ensino de jiu-jítsu para crianças e adolescentes que têm interesse em aprender. Há dois anos, Patrik é o responsável pela iniciativa.
– O pessoal nos procura, nós avaliamos se estão aptos e com vontade de treinar. Damos a oportunidade, e o resto é com eles: dedicação e empenho – afirma Quevedo.
Empresas que queiram patrocinar a equipe ou o projeto, podem entrar em contato pelo Instagram em @_semeando_o_bem_ ou @aspoderosasdojiu.