Opinião

A sensibilidade de um santa-mariense que sabe como chegou onde está

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Lucas Uebel (Grêmio/Divulgação) 

Não raros são personagens que alcançam um certo patamar na sociedade e passam a ignorar as raízes. Há exemplos infindáveis. Mas nem de longe é o caso do principal expoente do futebol santa-mariense na atualidade: o técnico do Grêmio, Tiago Nunes.

Aos 41 anos e com os cabelos grisalhos de quem já passou por mais de 20 clubes pelo país, o guri criado no Coração do Rio Grande jamais se colocou em uma posição acima do bem e do mal. O tempo e os percalços do Interior o fizeram firme nas tomadas de decisões - e nem poderia ser diferente para quem chegou onde está. Mas a rigidez nas palavras e uma certa fama de "brigão", quando à casamata dos Eucaliptos, nunca esconderam a sensibilidade do sonhador estudante de Educação Física da UFSM.

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Na última quarta-feira, ao tomar conhecimento da morte do amigo José Luiz Coden, não titubeou ao convite do Diário em mandar um vídeo de conforto à comunidade e aos familiares do "Sempre Bem". Tiago sabe da importância que tem para Santa Maria e do tamanho da sua responsabilidade enquanto, atualmente, uma das principais figuras esportivas do Estado e do Brasil. O comandante tricolor, mesmo frente ao gigantesco desafio que é reconduzir o Grêmio ao caminho das conquistas e substituir o maior nome da história gremista, fez questão de separar bons minutos na agenda. Com recordações muito vivas da época no Bairro Perpétuo Socorro, ele enviou palavras de conforto endereçadas, é claro, aos familiares de Coden, mas, também, a todos santa-marienses, sejam eles gremistas, colorados, alvirrubros ou esmeraldinos.

E a sensibilidade do técnico não se restringe a episódios isolados. Não é de hoje que Tiago faz questão de se posicionar e demonstrar empatia em situações difíceis, como, por exemplo, quando, mesmo depois de um 8 a 0 estrondoso na Arena, abriu a entrevista coletiva prestando solidariedade aos moradores de Saudades, em Santa Catarina, que enfrentaram uma dura tragédia na última semana com o assassinato de três crianças e duas funcionárias em creche. Bem antes disso, nunca se omitiu em pedir os cuidados necessários à pandemia.

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Por mais que ele entenda que alguns temas precisem ficar resguardados, Tiago conhece seu papel social, que vai muito além do futebol, independentemente de cores ou crenças. E é por isso que, em Santa Maria, a torcida pelo sucesso do conterrâneo não distingue azul, vermelho ou verde. 

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