Dia do árbitro

'Sei que as pessoas enxergam no árbitro uma espécie de vilão', diz Daronco

18.388

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal
Anderson Daronco, 39 anos, desempenha a função desde 1999, alcançou o escudo da CBF em 2008 e desde 2015 faz parte do quadro da Fifa

O 11 de setembro é o Dia do Árbitro. Uma figura geralmente criticada, mas que está entre as principais personalidades do jogo. Com certeza, são poucos os que torcem por eles - normalmente só amigos e familiares. Contudo, muitas vezes, de acordo com as decisões, são definidos os resultados de partidas e o rumo dos campeonatos. São a autoridade máxima dentro de campo ou quadra, em todas as modalidades esportivas, e, por isso, merecem um dia especial. Vivem sob vaias, reclamações, brincadeiras de mal gosto e, inclusive, em alguns casos correr riscos de agressão.

Antes do reconhecimento, árbitros percorrem um longo caminho

REFERÊNCIA
Em Santa Maria, quando falamos em árbitro, logo vem na memória da maioria das pessoas o nome de Anderson Daronco, 39 anos. O profissional de educação física desempenha a função desde 1999, alcançou o escudo da CBF em 2008 e desde 2015 faz parte do quadro da Fifa. Apesar da paixão pelo que faz há mais de 20 anos, Daronco revela que ser árbitro se tornou uma profissão por acaso.

- Eu fiz o curso para cumprir uma carga horária da faculdade. Depois, em função de uma necessidade financeira em época de estudante dei continuidade na arbitragem e as coisas foram acontecendo, ficando mais sérias. Agradeço a diferentes pessoas que ao longo do caminho foram acreditando no meu trabalho e foi possível construir essa trajetória - conta Daronco.

Perguntado sobre os motivos que o levaram a se apaixonar por uma função que sofre tantas críticas, o árbitro da Fifa confessa que mal sabe explicar, mas não esconde a paixão que tem pelo futebol.

- Parece coisa de louco, e é (risadas). Mas, brincadeiras a parte, é muito difícil até de explicar. É uma atividade apaixonante, uma busca pela partida excelente, perfeita. É ótimo estar inserido nesse meio do futebol. Sei do significado que o futebol tem para as pessoas, assim como também sei que muitas vezes as pessoas enxergam no árbitro uma espécie de vilão, principalmente nos momentos em que sua passionalidade está mais aflorada. Só que, quem tem a capacidade de conseguir se colocar no lugar desta figura, e se imaginar fazendo o que fazemos, tenho certeza que respeita muito nossa profissão - complementa Daronco.

Leia mais sobre Esportes

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Lemos atua no futebol de campo, futebol sete, futsal, basquete, handebol, voleibol e atletismo

MODALIDADES E RISCOS
O árbitro Luiz Carlos Lemos se destaca por ser polivalente. Ele atua no futebol de campo, futebol sete, futsal, basquete, handebol, voleibol e atletismo. Até pouco tempo atrás, antes da pandemia do coronavírus, vivia exclusivamente da arbitragem. Lida com os mais diversos tipos de atletas, de diferentes faixas etárias.

- Trabalho com uma diversidade de públicos, atletas, técnicos, dirigentes e torcedores. Desde as categorias de base até os veteranos 65 anos. Convivo com diversas classes sociais e isso tem sido engrandecedor para mim em todos os sentidos - comenta o árbitro que pode também fazer a função de mesário e assistente, conforme a modalidade.

Quem é árbitro, ainda mais de competições amadoras, corre o risco iminente de sofrer agressão verbal ou física.

- Na realidade, infelizmente isso acontece. Comigo, aconteceu por três vezes e aprendi a absorver algo que é ruim na profissão. Jamais pensei em parar por isso, não vou deixar o mal vencer o bem - afirma Lemos.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Detestável VAR

Próximo

Com dois de Galhardo, Inter vence Ceará e abre vantagem na liderança

Esportes