pódio no judô

'A vitória representa muito diante dos desafios da pandemia', afirma Maria Portela

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Foto: Divulgação 

Mais inesperado do que qualquer golpe das adversárias, o agravamento da pandemia do coronavírus obrigou a judoca Maria Portela a se readaptar. Em 2020, quando começaram as restrições da pandemia, ela chegou a ficar quatro meses treinando em casa. Mas, agora, de olho nos Jogos Olímpicos, que ocorrerão em menos de quatro meses, isso poderia comprometer toda a preparação dos últimos anos. Por isso, ela passou as últimas semanas treinando na Albânia, junto de outros atletas da Confederação Brasileira de Judô. E, mesmo em meio a tamanhas dificuldades, ela garantiu, no sábado, o lugar mais alto do pódio no Grand Slam disputado na Geórgia

- Vivemos momentos desafiadores. A vitória representa muito diante dos desafios da pandemia. É um resultado extremamente importante, ainda mais em uma competição na reta final da classificatória para os Jogos de Tóquio - afirma a judoca, que nasceu em Júlio de Castilhos e começou a trajetória no judô em Santa Maria.

Atleta do Santa Maria Golfe Clube lidera ranking sul-americano

Atualmente, Portela vive em Porto Alegre e representa a Sogipa. Por causa das restrições da pandemia, o clube fechou e a judoca não sabe como serão os treinamentos quando retornar ao Brasil. Nesta próxima semana, ela irá para a Turquia, onde fará preparação para o Grand Slam que acontecerá no país do leste europeu já na sexta-feira, dia 2. 

- Os atletas olímpicos, a princípio, têm uma liberação para treinar no Brasil, mas não se sabe até quando e em que condições exatas. Vamos trabalhando de semana a semana, até porque o judô é um esporte de muito contato. Precisamos de protocolos bem rígidos, somos testados (para o coronavírus) quase semanalmente e sempre antes das competições. A saúde precisa estar sempre em primeiro lugar - destaca. 


VAGA OLÍMPICA QUASE GARANTIDA
Com a medalha de ouro no Grand Slam da Geórgia, Maria Portela ganhou mais 1 mil pontos no ranking mundial da sua categoria, de 70 quilos. Isso faz com que ela dê um salto na classificatória e tenha a vaga olímpica praticamente assegurada.

- Eu já estava na 14ª posição, que já me dava uma vaga. Agora, subo ainda mais e devo garantir a ida aos Jogos (Olímpicos). Tenho sim uma certa tranquilidade agora, posso focar só na Olimpíada e usar as competições daqui pra frente como preparação. Mas, a garantia oficial de que irei para Tóquio só vem quando sair a lista com os nomes, em junho - avalia a atleta.

A "Raçudinha" é a brasileira melhor rankeada em sua categoria. Com os 1 mil pontos que ganhou, sobe para a 9ª colocação no ranking mundial. Os 18 melhores de cada categoria garantem vaga direta, respeitando-se o limite de um atleta por país em cada categoria. Se eliminar as representantes de países repetidos que estão na frente da judoca, ela ficaria em sexto atualmente. 

O Mundial da modalidade ocorre em junho. Só depois disso sairá a lista final dos judocas classificados para as Olimpíadas, cerca de um mês antes do início da competição. Aos 32 anos, essa deverá ser a última participação de Maria Portela nos Jogos. Ela já disputou em Londres, em 2012, quando foi eliminada logo na estreia, e no Rio, em 2016, quando perdeu nas oitavas de final.

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