Ícone da Bossa Nova, Astrud Gilberto morre aos 83 anos

Morreu na segunda-feira (5), nos Estados Unidos, a cantora e compositora baiana Astrud Gilberto, aos 83 anos. Ícone da Bossa Nova, ela deu voz a canções como a versão em inglês da clássica Garota de Ipanema, que chegou a ser a segunda música mais tocada do mundo. O sucesso ajudou a sonoridade brasileira a se tornar conhecida no exterior. A artista deixa dois filhos e duas netas. 

Astrud Evangelina Weinert nasceu em Salvador em 1940 e foi morar com a família ainda criança no Rio de Janeiro, onde cresceu. Sempre se interessou por música. Em 1959, ela se casou com o músico João Gilberto, de quem adotou o sobrenome. No Rio de Janeiro, participou de apresentações ao lado do marido e de artistas como Nara Leão e Elza Soares. 

Em 1963, aos 22 anos, participou de Getz/Gilberto, álbum de sucesso estrondoso de João Gilberto e do saxofonista estadunidense Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim. Em 1965, além do Grammy de Álbum do Ano, a versão em inglês de Garota de Ipanema, presente no disco, rendeu à Astrud Gilberto o Grammy de Gravação do Ano. Ela fez história na época, sendo a primeira pessoa brasileira e primeira mulher indicada na categoria da importante premiação. 

Astrud e João Gilberto se separaram pouco depois do álbum que a consagrou internacionalmente, mas a intérprete seguiu a carreira com apresentações no Brasil e no exterior. A artista realizou uma série de turnês no exterior, sempre levando a musicalidade do país para todo o planeta. A cantora também tornou-se conhecida pelo seu trabalho como artista plástica, assim como por seu ativismo em favor dos direitos dos animais.

Em abril de 2002, Astrud Gilberto foi indicada para o International Latin Music Hall of Fame e anunciou que se afastaria da vida pública por tempo indeterminado. Influenciando as novas gerações, a artista chegou a ser apontada pela jovem cantora estadunidense Billie Eilish como uma de suas principais referências.

* Com informações do G1