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Especialistas explicam como os animais compreendem o mundo


Na casa da jornalista Bárbara Enriques, 33 anos, as personalidades dos animais são distintas: a vira-lata Guria é ansiosa, enquanto a salsicha Salga é calma e tranquila. Mas notar a diferença não é tão simples assim. Para compreender o comportamento de cada uma, a tutora passou a observá-las e a tentar entender como as suas atitudes influenciam a forma como as cachorrinhas compreendem o mundo.
- Tento sempre mantê-las calmas, passeio, brinco e não recompenso os comportamentos negativos. Algumas situações são comuns, como quando passamos o dia todo fora de casa: é só a gente chegar que elas se apressam para buscar algum brinquedinho para nos receber - conta a jornalista.
Para a psicóloga canina Maria Fernanda Gutierrez Roque, de Porto Alegre, essa situação é recorrente e pode ser confundida pelos seres humanos como um sentimento de felicidade para o cachorro, mas, na verdade, é apenas resultado de uma agitação pela chegada dos tutores:
- Em uma matilha de cães selvagens, o cachorro agitado desequilibra a energia, então, ele é morto pelo bando. Por isso, o ideal, quando chegamos em casa, é ignorar o cachorro.
A psicóloga explica que não olhar, falar ou tocar no cachorro neste momento pode ter um efeito positivo. Isto porque, o tutor deve optar por oferecer carinho quando o animal estiver calmo, fazendo com que ele entenda que será recompensando quando não estiver agitado.  

COMPORTAMENTO 
Maria Fernanda explica que os cachorros enxergam os tutores como componentes da matilha. Sendo assim, os sentimentos dos animais são influenciados pela energia do tutor. De acordo a profissional, se essa energia for calma e firme, o animal se sentirá seguro, tornando-se um seguidor, enquanto o humano se estabelece como o líder da matilha: 
- Há uma cultura que faz os pets serem tratados como filhos. Isso não teria problema se os animais fossem tratados como filhos caninos, e não como filhos humanos. O erro está em achar que eles possuem sentimentos iguais aos nossos.  

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RELAÇÕES  
O adestrador canino Fernando Lima cita uma pesquisa que compara a inteligência de um cachorro à de uma criança de 2 a 3 anos. Essa semelhança demonstra que os animais sentem emoções, como amor e carinho, do mesmo jeito que uma criança. Para a psicóloga, o sentimento de amor dos cachorros pelos seres humanos ainda é algo complexo de explicar.
- Acreditamos que os animais sentem uma energia diferente. Amor é um sentimento projetado por nós, humanos. Não sabemos exatamente qual nome eles dariam para o que sentem por nós - explica Maria Fernanda.  

A VISÃO E O OLFATO
Estudos comprovam que a visão dos cachorros é diferente da visão dos seres humanos. Isso porque eles são capazes de enxergar no escuro e perceber movimentos a uma longa distância. Ainda de acordo com Lima, os cães enxergam quatro vezes mais que os seres humanos quando estão no escuro. Além disso, eles são capazes de conseguir identificar um movimento qualquer a até 600 metros de distância:
- Os humanos têm mais pigmentos na retina capazes de distinguir cores do que os cães. Mas, para eles, o mais importante é o olfato, e não a visão.  

A COMPREENSÃO  
Lima explica, ainda, que a compreensão do mundo varia conforme cada animal. O profissional explica que os bichos, de uma forma geral, (e o mesmo vale para os nossos pets), vivem conforme os instintos e direcionam suas ações ao que acreditam que é preciso para sobreviver e manter a espécie.  

(Colaborou Renata Teixeira)

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