Vicente Paulo Bisogno

No balanço da cadeira

Hoje me deu vontade de sentar numa cadeira de balanço e fazer um balanço da vida. Projetei em minha tela mental a mais bela imagem, um campo com animais dividindo o pasto, deixando rastros, abrindo caminhos para os que vierem depois.


Nem cercas nem aramados, todos bem-vindos e amados, sozinhos ou acompanhados, perdidos ou achados. Ao fundo morros desenhados pela mão de Deus, divina divisa entre a terra e o infinito, o quadro mais bonito, nuvens como véus, escondendo pedaços do céu.

 
De moirão a moirão (sinais solitários da propriedade solidária), duas advertências. Primeira: “Entre sem perturbar”, para evitar que algum desavisado chegue fazendo barulho, falando quando não é necessário, quebrando a harmonia e a sintonia entre o pensamento e o silêncio, entre o sonho e o sonhador. 


Na outra: “Fechado para balanço”, na cadeira e no tempo. Olhos cerrados, mas às vezes abertos, espertos, buscando na lembrança o tempo criança ou o passado mais perto.

 
Sem sair do lugar, me vi andando a semear, regando plantas, mentes e sementes, com o adubo do amor recolhido no perfume de cada flor. Até uma cotovia, que há muito tempo não via, pousou no galho mais alto e encheu o ar de encanto com seu melodioso canto. Em tudo havia uma doce magia, o filme da vida vindo em sequência, mostrando em cada cena causas e consequências. No balanço da cadeira, vi passar minha vida inteira.

 
No silêncio das horas, a memória visitou a história passando tudo a limpo, os acertos e os erros, méritos e arrependimentos. Assim como retocamos a aparência cada vez que nos olhamos no espelho, é preciso retocar nossa essência, cada vez que nos olhamos com os olhos da alma. Nos preocupamos muito com nosso saldo bancário, mas a nossa contabilidade moral e espiritual, como está? Investir nesta poupança sempre será importante. Agora e depois.


Campo de integração

Conheci, semana passada, o Campo de Instrução Central da Brigada Militar, no município de Itaara. Vinculado diretamente ao Comando Regional de Polícia Ostensiva Central, o novo complexo foi criado para dar suporte a instruções e capacitação do policial militar. 


A antiga Fazenda Brigada Militar, também conhecida como Fazenda Philipson, com uma área de mais de 900 hectares, foi transformada num centro de treinamento e qualificação profissional combinado a uma criação de animais da raça cavalo brasileiro de hipismo, que serve de apoio ao policiamento montado. Dotada de salas de aula, estande de tiro policial e até de um heliponto, a área é adequada para cursos, treinamentos e integração com outras forças que atuam na segurança pública. 


Recebendo apoio do Poder Judiciário, Promotoria Pública, Receita Federal, Consepro e outras entidades e instituições, a grande transformação operada neste complexo não foi apenas física, mas cultural e conceitual, o que justifica o entusiasmo do coronel Cleberson Bastianello ao apresentar esta importante ferramenta de combate à criminalidade. E tudo pode ser resumido na frase estampada num dos painéis existentes no novo Campo de Instrução da Brigada Militar.


Estatura do líder

A eleição, por unanimidade, do deputado Afonso Motta como líder do PDT na Câmara dos Deputados, foi recebida com muita alegria por parte de seus simpatizantes, e com respeito por seus adversários. 


A escolha é fruto de um trabalho ao longo de três mandatos como deputado federal, tendo atuações como líder e vice da bancada, presidente da Frente Parlamentar da Química, além de ter presidido a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, e ter coordenado a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, uma das mais relevantes da Casa. 

– Vamos conduzir nossa bancada conforme nossos princípios, causas e compromissos com as pautas que impactam nosso país – declarou o novo líder. 


Sua estatura moral e seu comprometimento com a causa pública, foram decisivos para a eleição de Afonso Motta.


Cidade educadora

Era comum ler-se em lixeiras públicas a frase “Povo educado, Cidade Limpa”. Uma expressão aparentemente simplória, mas que tinha – e continua tendo – um grande sentido, afinal, quem tem educação não joga toco de cigarro nem casca de banana e nem papel de bala nas ruas ou calçadas. Numa dimensão bem maior, e bem mais nobre, isto pode levar à outra visão: “quem ama, cuida”. Do insignificante papel de bala ao amor pelo patrimônio público, há um grande caminho a ser percorrido. Este é o objetivo do grupo de trabalho que quer transformar Santa Maria em Cidade Educadora. 


O primeiro passo é a aprovação do projeto pela Câmara de Vereadores. Depois, como disse a professora Adriana Zamberlan, Coordenadora do projeto no Instituto Federal Farroupilha, é ir a campo, mapear a cidade e partir para a ação prática, despertando nas pessoas o sentimento de pertencimento e de boa convivência, uma espécie de adoção da cidade pelos seus próprios habitantes. A caminhada é longa e árdua, mas é de passo a passo que se pode ir longe. O Selo de Cidade Educadora é só o ponto de partida.


Impostômetro  

Relógio, com 56,14%, é o produto com maior índice de tributação. Com 50,44%, vem as joias e em terceiro os óculos (lentes de vidro), com 45,31%. No agronegócio, a maior tributação é sobre peixes, com 34,48%. Peru, chester e pernil, em alta neste período pré-natalino, tem tributação mais leve, 29,32%. O setor com maior carga tributária é o de bebidas. As variações vão de 81,87%, para a cachaça, até 31,50% pra água mineral. Para o vinho nacional, o índice é de 44,73%, e para o vinho importado,59,73%.

 
A vida continua, nesta e em outras dimensões!

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