Foto: Reprodução
A audiência pública realizada pela comissão de Educação, na noite de quarta-feira (1º), na Câmara de Vereadores, sobre a reforma da Previdência foi um termômetro do debate tenso que será travado no Legislativo, com pressão dos dois lados: das categorias de servidores e do Executivo. Ao longo da reunião, funcionários, além de representantes de partidos da esquerda, revezaram-se no microfone e ameaçaram greve. Também cobraram acesso aos dados detalhados do Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam) e nomeação de servidores. “Querem parcelar nossos salários? Podem parcelar, não temos medo”, disse o agente de saúde Paulo Horwath, referindo-se ao fato de a prefeitura alertar que, sem a reforma, não terá recurso para pagar toda a folha de dezembro.
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Porta-voz do Executivo sobre o tema, o procurador-geral Guilherme Cortez disse que as categorias terão todas as informações solicitadas e que a situação complexa da Previdência não é apontada pela prefeitura, mas, sim, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), enfatizando que o cenário crítico não foi provocado pelo funcionalismo.
– Em nenhum momento se falou em culpa dos servidores – afirmou Cortez, que foi vaiado pelas categorias nas galerias e até contestado por algumas declarações. Junto com o procurador-geral, representou a prefeitura a secretária de Gestão de Pessoas, Solaine Massierer.
Ao final, o presidente da Comissão de Educação, Luiz Fernando Cuozzo Lemos (PDT), pontuou o que deve prevalecer no debate, já que a reforma é uma realidade pela situação do Ipassp, frisando a importância de a prefeitura dar todas as respostas para construir uma proposta viável de ser aceita e aprovada.
– Claro que vai doer um pouco para todo mundo, mas que tenhamos o mínimo de aceitação (da proposta) até pela base do governo – afirmou ele.