Foto: Nathália Schneider
O Brasil acabou de ultrapassar a marca de 37 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 16,3% da matriz elétrica do país.
Ao todo, mais de 3 milhões de residências e empresas são abastecidas por painéis solares próprios, sem contar os locais abastecidos com energia de grandes usinas fotovoltaicas. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo ela, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 179,5 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 50,3 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados.
Com isso, também evitou a emissão de 45,2 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
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Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a fonte solar é atualmente um dos principais vetores para acelerar a descarbonização do Brasil e ajudar o país a se posicionar como importante protagonista da transição energética para uma sociedade mais sustentável.
A energia solar surgiu no Brasil em 2012, mas foi de 2019 para cá que teve um crescimento vertiginoso. Pulou de 4,6 gigawatts (GW), em 2019, para 7,5 GW, em 2020, a potência instalada em sistemas solares em todo o Brasil. Nos anos seguintes, os números cresceram ainda mais, passando para 13 GW em 2021, subindo depois para 23 GW no fim de 2022.
Foi ao longo desse ano que a geração solar superou a potência da usina de Itaipu, no Paraná, que tem 14 GW instalados e é a segunda maior do mundo. Mas o crescimento maior ocorreu mesmo em 2023, quando pulou de 23 GW para 37 GW de potência instalada em usinas solares no Brasil. Isso significa que, só no ano passado, foram instaladas usinas fotovoltaicas que equivalem à potência de uma usina inteira de Itaipu.
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A redução de 20% no preço das placas solares no ano passado pode ter contribuído, principalmente para instalar grandes usinas. Com o início da cobrança da taxação do sol, houve queda de 70% nas vendas para casas e empresas.
As concessionárias de distribuição de energia no país estão preocupadas com os impactos da energia solar, já que a receita cai, mas elas precisam manter o sistema para atender 100% dos clientes à noite e em dias nublados – e isso tem custos altos. Por isso, o setor cogita em ter de subir a tarifa de energia para cobrir os gastos.
A coluna não conseguiu dados sobre o número de painéis solares em Santa Maria.