Primeiros 6 km de duplicações da RSC-287 são liberados

Primeiros 6 km de duplicações da RSC-287 são liberados

Foto: Maurício Tonetto (Piratini)

O contrato de concessão da RSC-287, que entrou em vigor no final de agosto de 2021, prevê a duplicação dos 204 km da rodovia, entre Santa Maria e Tabaí, até o ano de 2042. Porém, o contrato também exigia que as obras começassem com os trechos urbanos sendo duplicados, e os dois primeiros foram entregues nesta segunda-feira (1º). Com um ano de atraso, por conta das enchentes, a Rota de Santa Maria concluiu a duplicação de 4 km no entorno de Santa Cruz do Sul e de mais 2 km do trecho urbano de Tabaí. A concessionária já está adiantando e iniciou a duplicação de 5 km de trechos rurais em Tabaí, que devem ser entregues provavelmente em 2026, em data ainda não divulgada pela Rota – mas será antes do prazo contratual, que seria em 2027.


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O contrato prevê que os próximos trechos urbanos a serem duplicados ficam em Santa Maria, Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Candelária, ​mas os prazos poderão mudar.


A Rota tem obrigação de, até o ano de 2030, duplicar os 130 km da RSC-287 entre Tabaí e Novo Cabrais. Além disso, as duplicações dos trechos rurais entre Santa Maria e Novo Cabrais ficaram para 2040 a 2042, mas existe pressão para antecipar essas obras. O contrato até prevê antecipação desses trechos rurais se o movimento atingir 18 mil eixos de veículos por dia, mas não se sabe em que ano esse volume será atingido perto de Santa Maria para obrigar a obra de duplicação antes de 2040. Ano passado, estava na faixa de 12,5 mil eixos, ainda longe dos 18 mil exigidos.


Na segunda, após anunciar o início das obras das pontes, o governador Eduardo Leite esteve em Santa Cruz do Sul para entregar oficialmente esses seis quilômetros de pista duplicada na RSC-287, em dois pontos considerados de grande volume de circulação na rodovia. Além de quatro quilômetros em Santa Cruz do Sul, que incluem dois quilômetros de vias marginais, uma passarela, duas interseções e três viadutos, foram inaugurados dois quilômetros em Tabaí, com três quilômetros de marginais, duas passarelas e dois novos dispositivos de retorno.


– O Rio Grande do Sul, há alguns anos, fez uma escolha. Nós resolvemos enfrentar os nossos problemas e não mais jogá-los para debaixo do tapete. A decisão de fazer a concessão envolve sempre algum grau de polêmica, mas nós enfrentamos a decisão de fazer. E fazendo, estamos enfrentando os pequenos obstáculos. E vai se destravando, se desobstruindo a nossa logística para que esse Rio Grande, que é vocacionado para o crescimento, possa crescer. Por isso, é sim dia de celebrar. Não foi fácil chegar até aqui, mas nós chegamos, e seguiremos avançando para colocar o Rio Grande no caminho do futuro – declarou o governador Eduardo Leite.


Ele lembrou que, nos 30 anos de concessão, o investimento total estimado é de R$ 3,8 bilhões.


–Hoje é um dia que tem que ser comemorado porque ele marca o início da duplicação de uma das mais importantes rodovias do nosso Estado. Foi para isso que nós fizemos a concessão: para aumentar a capacidade da rodovia, para que a produção possa aumentar, para que a gente possa gerar mais emprego e renda para a nossa população. E é o primeiro passo só. Já temos mais seis quilômetros no forno para entregar logo mais, e assim as obras vão continuar com rapidez e eficiência para que num futuro próximo tenhamos a RSC-287 toda duplicada – afirmou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.


Corredor logístico

A RSC-287 é considerada um dos principais corredores logísticos do Estado, ligando a Região Central à Capital e ao Litoral Norte. Com os trechos liberados, a expectativa é de mais fluidez no trânsito, especialmente para trabalhadores, estudantes, produtores rurais e caminhoneiros que transportam a produção agrícola e industrial.


– Esta entrega simboliza muito mais do que uma obra concluída. Representa uma resposta concreta e responsável, que vai além da infraestrutura: é o reflexo do nosso compromisso inabalável com a segurança, o desenvolvimento e o bem-estar das gerações presentes e futuras – afirmou Cristian Sandoval Cataldo, diretor da Sacyr América Latina, dona da Rota.


O governador ressaltou que a concessão já viabilizou mais de R$ 500 milhões em investimentos e também auxilia a dar celeridade nas obras de resiliência.

 
– Um município como Santa Cruz do Sul, a força que tem economicamente, encontrava uma rodovia com uma infraestrutura que nada tinha a ver com o tamanho da pujança desta região. Quem gera riqueza é a iniciativa privada, e tudo o que a gente precisa fazer é com que a sua ousadia encontre espaço para alcançar os novos mercados com segurança e confiabilidade. E é isso que a gente está viabilizando – disse Leite.


* Com informações do governo do Estado.



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Deni Zolin