Outras obras de duplicação da RSC-287 precisarão ter os prazos renegociados entre Rota e Estado

Outras obras de duplicação da RSC-287 precisarão ter os prazos renegociados entre Rota e Estado

Foto Beto Albert, arquivo

Em agosto de 2025, Rota deveria ter entregue a duplicação do trecho urbano de Santa Maria, entre Trevo do Aeroporto e Base Aérea. Devido às enchentes, cronograma está atrasado.

No último domingo, 31 de agosto de 2024, terminava o prazo para a Rota de Santa Maria concluir as duplicações dos trechos urbanos de Santa Maria, Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Candelária. Porém, as obras nessas travessias urbanas nem começaram. Nesta segunda (1º), a Rota entregou as primeiras duplicações do contrato de concessão, em Tabaí e Santa Cruz do Sul (leia mais na página 5), com um ano de atraso. A alegação da demora foi a destruição causada pela grave enchente de 2024. 


Concluída essa etapa, o próximo passo seria tentar recuperar o tempo perdido e iniciar logo as duplicações das travessias de Santa Maria, Paraíso, Novo Cabrais e Candelária - no caso de Santa Maria, o contrato prevê que seja duplicado um trecho de 1,5 km da parte urbana, entre o Trevo de Aeroporto e o pórtico do avião, o que deveria já estar pronto. Porém, a Rota e o governo do Estado terão de reavaliar esses prazos do contrato, para focar as energias na reconstrução das pontes e, principalmente, dos trechos arrancados pela correnteza em Candelária e Mariante, interior de Venâncio Aires.

 
Segundo a coluna apurou nesta segunda-feira (1º) na solenidade com fontes da Rota e do Estado, a concessionária vai entregar os projetos de reconstrução dos trechos destruídos em breve (leia mais abaixo). Além disso, como foi acordado entre as duas partes de que haverá antecipação da duplicação nos trechos destruídos em Candelária e Venâncio, provavelmente será preciso mudar datas de outras obras previstas, como as duplicações dos demais trechos urbanos e das terceiras faixas previstas para serem feitas entre Santa Maria e Novo Cabrais. Só duas terceiras pistas foram feitas até agora, mas havia previsão de oito até 2025. 


Outra exigência do contrato era a construção de três rotatórias alongadas, para garantir mais segurança aos motoristas. Elas deveriam ser feitas entre 2023 e 2025 no acesso a Arroio do Só e nos trevos do Santuário e de Paraíso. Ainda não saíram do papel


Rota entregará projetos para refazer trechos destruídos pela enchente


Em relação aos trechos destruídos pelas enchentes em Mariante (Venâncio Aires) e em Candelária, a concessionária Rota informou que os projetos de reconstrução devem ser entregues ainda neste mês de setembro para análise do governo do Estado. Esses segmentos também deverão ser duplicados, com previsão inicial de construção de duas pistas e, depois, ampliação para quatro. Não foi dada previsão de início nem de conclusão dessas obras. Haverá antecipação de duplicação nesses trechos. 

Reajuste do pedágio

O conselheiro da Agergs Lucas Fuhr esteve nesta segunda-feira na solenidade no Arroio Grande e confirmou ao Diário que o reajuste do pedágio, que deveria entrar em vigor no último domingo, está com a análise atrasada pela agência. Deve ser decidido nas próximas semanas. Mas ele não quis adiantar nenhuma informação, se haverá aumento pela inflação, que elevaria a tarifa de R$ 5 para R$ 5,25, ou se a Rota seria punida com redução do valor do pedágio por conta do atraso de um ano das duplicações de Santa Cruz e Tabaí.

Apesar do atraso para iniciar as obras, em Santa Cruz do Sul e Tabaí, a duplicação foi feita com agilidade, em somente 10 meses para trechos urbanos, cheios de complexidades. Em Santa Cruz, além de viadutos, foi preciso fazer detonações de rochas em um longo trecho.


Em Santa Cruz, duplicação de 4 km foi concluída em 10 meses e entregue nesta segunda pela Rota. Foto Maurício Tonetto, Piratini


Antecipação da duplicação de Tabaí a Novo Cabrais

Apesar desses atrasos, a Rota diz que fará o possível para antecipar a duplicação dos 130 km entre Tabaí e Novo Cabrais. Pelo contrato, a previsão é que a Rota tenha de duplicar todo esse trecho até o ano de 2030, mas a concessionária tentará concluir antes esses 130 km. Será difícil conseguir terminar tudo antes, mas não impossível. Prova disso foi a grande agilidade da Rota para duplicar 6 km de trechos urbanos complexos em Santa Cruz do Sul e Tabaí.


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Deni Zolin

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