Foto Vinicius Becker
No trecho de 20 km entre Santa Maria e a Quarta Colônia, há uma das cinco praças de pedágio da RSC-287, com tarifa básica de R$ 5.
Uma das principais queixas de Santa Maria e região sobre a concessão da RSC-287 é o fato de que a duplicação entre Santa Maria e Novo Cabrais ficou prevista somente para 2040, daqui a 15 anos. Diante da pressão de autoridades e lideranças, inclusive com uma comissão na Assembleia que trata do assunto com frequência, o governo do Estado confirmou que será feito o estudo para tentar antecipar, pelo menos, a duplicação entre Santa Maria e o Trevo do Santuário, na Quarta Colônia, o que dá cerca de 20 quilômetros.
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Em entrevista exclusiva à coluna, o secretário estadual da Reconstrução, Pedro Capeluppi, afirmou que, logo após aprovar os projetos da reconstrução dos trechos da rodovia que foram destruídos nas enchentes, os técnicos da pasta farão esse estudo. Segundo ele, deve ser ainda em 2025.
– Nós vamos fazer, sim (o estudo da antecipação). O governador Eduardo Leite se comprometeu, inclusive, na visita que fizemos ali na ponte do Arroio Grande, a fazer essa avaliação tendo em vista o crescimento do fluxo de veículos, principalmente até a entrada da Quarta Colônia, para que a gente possa ver com a concessionária e medir os impactos para de fato, se for o caso, antecipar essa duplicação. Então, nós vamos trabalhar, sim, para buscar os elementos de avaliação e tomar essa decisão. O governador Eduardo me pediu que fizesse isso. Há uma demanda grande da região mesmo. Para isso, o secretário (estadual de Assistência Social) Beto Fantinel também, que é um usuário frequente da rodovia e muito preocupado com o desenvolvimento da economia da Quarta Colônia, me cobra isso bastante também. Então, nós vamos fazer. Dado que, de fato, o volume de veículos cresceu já bastante, ainda não atingiu o gatilho para duplicação (de 18 mil eixos diários – hoje está em cerca de 12,5 mil), mas acaba causando transtorno e, de certa forma, limita o crescimento potencial da região – declarou Capeluppi.
Questionando quando esse estudo da antecipação da duplicação seria feito, o secretário respondeu:
– Nós estamos muito focados, nesse momento, em resolver os trechos de Candelária e Mariante para que essas obras comecem. Depois disso, faremos esse estudo da antecipação da duplicação entre Santa Maria e a Quarta Colônia.
Diante disso, perguntei se o estudo seria feito ainda este ano ou somente em 2026, e Capeluppi afirmou:
– Não acho que demoraria até o ano que vem, não. Nós vamos colocar aqui bastante força técnica para fazer essa avaliação quanto antes.
Como a Rota terá mesmo de duplicar esse trecho, o custo para antecipar a obra seria mais financeiro, do gasto com juros em financiamento. A partir do custo definido, fica mais fácil para a região pressionar o Estado a autorizar essa antecipação. Mas dificilmente a Rota duplicará daqui à Quarta Colônia antes de 2030, pois precisa entregar 130 km duplicados entre Tabaí e Novo Cabrais até 2030.