Deni Zolin

Clube Caixeiral quita dívidas trabalhistas e aguarda decisão para eleger diretoria

Clube Caixeiral quita dívidas trabalhistas e aguarda decisão para eleger diretoria

Quase dois anos após a decisão judicial que afastou a então diretoria do Clube Caixeiral e determinou que um escritório de advocacia assumisse a administração judicial da entidade em Santa Maria, o ano de 2024 começa com a perspectiva de os associados voltarem a administrar o clube. Segundo o advogado Guilherme Pereira Santos, do escritório Feversani, Pauli e Santos Administração Judicial, que administra a entidade, recentemente foram quitados 100% das dívidas trabalhistas do Caixeiral.

– Foram 5 rescisões realizadas e parceladas, pagando verbas rescisórias e FGTS em atraso. Acabamos com a bola de neve que era esse endividamento, com o clube inativo. Quitamos todo o IPTU inscrito e não inscrito em dívida ativa, aproveitando o Refis. A dívida atualizada é perto de R$ 100 mil, integralmente paga com os descontos do programa de regularização – disse Santos.

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Além disso, de todo o material histórico que foi retirado da sede do Caixeiral, os associados decidiram doar os livros da biblioteca do clube para a prefeitura.

– Demais materiais históricos estão depositados em local adequado, fora da sede do clube. São fotografias históricas, atas, documentos, bandeiras, quadros – declarou o advogado.

No final de 2023, o escritório de administração judicial já havia pedido à Justiça que autorizasse a convocação de uma nova assembleia de associados, com o objetivo de eleger uma nova diretoria e, então, pôr fim à administração judicial. Até porque o objetivo do escritório nomeado não é seguir na gestão da entidade por tempo indeterminado, mas foi colocar o clube em dia para, agora, devolver a administração aos reais donos, que são os associados. São eles que definirão o futuro do clube e do prédio: se tentarão reformá-lo por contra própria, o que é difícil, ou se farão uma parceria para a reforma ou se irão vendê-lo. Ou hipótese seria encerrar as atividades do clube.

Pouco mais de 15 pessoas haviam se regularizado com as mensalidades junto ao clube e podem votar e ser votadas em uma assembleia.

– Do pedido de assembleia para a eleição, estamos ainda aguardando despacho do juiz. Mas já há parecer favorável do Ministério Público – afirmou o advogado.

6 anos interditado

Em 6 de fevereiro de 2018, parte do telhado do Clube Caixeiral desabou em um temporal. O prédio acabou sendo interditado. Em maio de 2019, a entidade fechou uma parceria com um empresário da noite santa-mariense, que reconstruiria o telhado e exploraria o salão para fazer bailes. Porém, apesar do acerto inicial, a proposta não saiu do papel.

Em 2022, a diretoria do clube negociava a venda do imóvel, que seria reformado e poderia abrigar uma loja de departamento ou um shopping. Em abril de 2022, quatro associados entraram na Justiça e pediram que a diretoria fosse afastada, pois não seria legítima, já que o mandato teria expirado. O Judiciário deu liminar afastando os diretores e nomeando o escritório de advocacia como administrador judicial, que passou a gerir o Clube Caixeiral.

Esse escritório negociou com a prefeitura para que o município bancasse os R$ 300 mil necessários para remover o restante do telhado e colocar tapumes para isolar o prédio, de forma emergencial. Essa obra foi concluída ainda em 2022.

Além disso, um laudo de engenharia encomendado pela prefeitura apontou que não há risco iminente de desabamento das paredes externas do prédio, apesar de ele estar sem telhado e com água infiltrando. O escritório da administração judicial nomeado pelo Judiciário negociou também as questões trabalhistas de cinco antigos funcionários e renegociou dívidas. Hoje, a única renda do clube é o aluguel de uma área dos fundos para um estacionamento privado.

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