Consumidores protestam, mas não acreditam que governo voltará atrás do aumento do ICMS sobre cesta básica

Consumidores protestam, mas não acreditam que governo voltará atrás do aumento do ICMS sobre cesta básica

Foto Beto Albert

“Um grande enrosco sem solução”. É como o motorista Erivelto Basso, 43 anos, vê a medida que afetará o bolso das famílias na hora de ir ao supermercado. Ele não acredita que o governo estadual possa dar um passo atrás sobre o aumento do ICMS sobre a cesta básica, e se assusta com as consequências.

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– Deveria ter (solução), mas acho que não, pela postura do nosso governador (Eduardo Leite), que está irredutível. O que vai afetar muito o nosso bolso. Arroz, feijão, vários itens que consumimos. Temos crianças em casa também, e daí é complicado – critica.

Basso é uma das pessoas que foi às redes sociais pedir por um posicionamento dos deputados estaduais em prol de uma pressão para que o governador não aprovasse a retirada da isenção. Ele queria ter esperança, mas exemplos anteriores não facilitam, como foi o caso do protestos contra os pedágios na RSC-287, que não surtiram efeito.

– Ele (Eduardo Leite) foi irredutível. Com um contrato de mais de 30 anos para ficar pronto e está sendo cobrado desde hoje. Tomara que nesse ponto dos preços do mercado seja diferente – diz.

Só ouvir a palavra "aumento" já é motivo de preocupação para a autônoma Gabrielle Perico Lavich, 36 anos. Além de ter um filho pequeno, Benjamin, 3 anos, que precisa de uma alimentação balanceada, ela também é confeiteira, e usa muitos dos itens que serão afetados pelo aumento do ICMS.

– Estou um pouco por fora, só vejo que está sempre aumentando. Eu que trabalho com confeitaria vai impactar e muito, porque uso muito esses produtos e o meu filho também. Como sou autônoma, me permite trabalhar, e ganhar mais, do que seria se trabalhasse por um salário fixo. E não tem o que fazer. O negócio é trabalhar, trabalhar e trabalhar, porque não para de aumentar nunca e acredito que agora baixar não vai mais – pondera Gabrielle.

Na lista de compras mensais para a confeitaria estão ovos, farinha de trigo, açúcar, manteiga, chocolate – os itens que mais usa e sente os valores subirem constantemente. A maioria deles sofrerá alteração de preço. Mais caro para Gabrielle, mais caro para seus clientes. Ela deve repassar esse valor no preço final nos bolos e doces.

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Bibiana Pinheiro

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